25 de dezembro de 2024
EDUCAÇÃO

Menino de 3 anos anda sozinho pela primeira vez na escola em São José

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / Claudio Vieira / PMSJC
Ações em parceria com a família possibilitaram o desenvolvimento do pequeno Theo em São José

O pequeno Theodoro Efraim Alves, de 3 anos, deu seus primeiros passos sozinho no início deste ano, na escola municipal Arlindo Caetano Filho, no Residencial 31 de Marco, na zona sul de São José dos Campos.

Diagnosticado com F83 – transtornos específicos mistos do desenvolvimento, Síndrome de West e epilepsia –, o garotinho sorridente foi acolhido na escola do bairro em 2021 e, cerca de um ano depois, com ações em parceria com a família e a equipe da Educação Especial Inclusiva, ele circula pelos espaços com cada vez mais autonomia.

Segundo a Secretaria de Educação de São José, Theodoro chegou à escola infantil com dificuldade para sustentar a cabeça e o tronco e para articular membros, fazendo uso de cadeira de rodas e necessitando de intervenções que estimulassem sua interação, coordenação motora e desenvolvimento cognitivo.

Desde então, foi realizado um trabalho conjunto entre família, professores, técnicos da Secretaria de Educação, profissionais da saúde e das equipes gestora, do AEE (Atendimento Educacional Especializado) e da Educação Infantil, que acompanham Theodoro.

Isso tem feito a diferença no desenvolvimento do menino, que recebeu acompanhamento em suas atividades diárias, espaços adaptados na escola, estímulos e inovações, como um parapodium, feito especialmente para ele.

O equipamento, confeccionado pela equipe de marcenaria da Secretaria de Educação e Cidadania, possibilitou que Theo, como é carinhosamente conhecido, tivesse mais mobilidade, segurança e conforto.

DESENVOLVIMENTO

Hoje, o aluno da rede de ensino municipal começa a se expressar melhor, através de sons, gestos e olhares, tem conquistado novas competências relacionadas ao desenvolvimento físico e conquista movimentos gradativamente.

O menino passou a sentar e a sustentar o corpo por curtos períodos de tempo, a engatinhar e apoiar-se em objetos e na parede para ficar de pé, dar passos de mãos dadas e até mesmo percorrer distâncias curtas sozinho. Os primeiros passos ocorreram dentro da escola.

“Ano passado cheguei na escola apreensiva, perguntando se eles aceitariam meu filho. Agora, percebo que todos, até mesmo as crianças, não veem meu filho com preconceito ou diferenças, mas cuidam, ajudam e acolhem o Theodoro naturalmente. Os sentimentos que ficam são de felicidade e de confiança”, disse Driely Souza Alves, mãe do garoto.

“O Theo já estava matriculado, já tinha sido aceito. Fizemos uma reunião para conversar com a família e entender como poderíamos acolher e acompanhá-lo da melhor maneira e, desde então, temos trabalhado em equipe. O preconceito não está nas crianças, elas são amorosas e tratam de igual pra igual, já pequenas têm experiências de convivência e socialização que vão levar pra sempre na vida”, disse Juliana Maria Aires dos Santos, orientadora pedagógica na escola.

“A parceria e uma rede de apoio para as crianças com deficiência é fundamental, com acolhimento da família, conhecendo a criança e suas particularidades e, depois, com todas as ações necessárias para garantir boas condições aos alunos. No caso do Theodoro essa parceria se estendeu, com outros recursos e várias pessoas, e ele se desenvolveu bem. Hoje não precisa mais do parapodium, que já será adaptado para outras crianças”, afirmou Jamile Lopes, professora do AEE.