27 de julho de 2024
VIOLÊNCIA

Em áudio, ‘Matador da Bíblia’ prometia matar mais 15 com armamento de guerra na zona sul

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Fotos usadas por Celso em seu perfil nas redes sociais; depois dos ataques, ele adotou a caveira

Conhecido como ‘Matador da Bíblia’, Celso Oliveira, 44 anos, pretendia matar mais de 15 pessoas na zona sul de São José dos Campos numa espécie de ‘vingança divina’.

Segurando uma Bíblia na mão e a pistola em outra, ele cometeu dois ataques na zona sul no começo do mês e deixou saldo de dois mortos e oito feridos. Foi preso em flagrante por latrocínio e confessou o crime.

Se não fosse detido, segundo a Polícia Civil, Celso pretendia matar muito mais gente na zona sul, conforme ele mesmo diz em áudios obtidos pela investigação, a cargo da Divisão de Homicídios da Polícia Civil de São José.

De acordo com os áudios do matador, aos quais OVALE teve acesso, Celso disse que pretendia “matar seis” na região sul de São José. Em outro áudio, fala que “vai morrer uns 15” no Campo dos Alemães.

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JUSTICEIRO

“Eu fui para matar seis. A noite eu vou atirar de fuzil, por que eu sou especialista no fuzil, acerto de 500 metros. No Exército, acertava com 1.000 metros. Vou colocar a luneta noturna para buscar os caras de longe. Vou atirar do Bosque para acertar os caras no Dom Pedro. O chefão do tráfico. No fluxo, que começa 1h30 da manhã. Vou ficar num ponto estratégico, lá do alto”, disse Celso no áudio obtido pela investigação.

Em outro áudio, ele explica como pretendia executar 15 pessoas no Campo dos Alemães durante uma incursão macabra.

“No Campo vai morrer mais uns 15. Vamos pegar Fiat Uno e Palio verde tudo velho e acabado, e nós de colete dentro, com três fuzil (sic), três 12 [espingarda] e as pistolas, 200 e poucos cartuchos”, afirmou na mensagem.

Familiares do matador disseram à polícia que Celso sofre de transtornos psiquiátricos, mais especificamente esquizofrenia paranoide.

Para a polícia, se Celso não fosse preso, ele iria continuar matando em São José, tese confirmada pelos áudios do matador. “O investigado se dizia Policial Militar e que seria uma espécie de justiceiro”, afirmou a Polícia Civil.

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