A prefeitura de Valinhos, na Região Metropolitana de Campinas, suspendeu na tarde desta quinta-feira, 3, o estado de emergência decretado após os bloqueios de caminhoneiros e bolsonaristas contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocar desabastecimento nos postos de combustíveis.
Os ônibus, que estavam circulando com horários de sábado, voltaram a circular no final da manhã com as tabelas normais. A empresa, SOU Valinhos, foi autorizada a mudar os horários porque não tinha recebido o diesel necessário para manter a operação até o fim de semana.
A medida, anunciada nesta quarta-feira, 2, também mudaria a rotina da cidade, com a determinação de reserva de combustível para serviços públicos, e a possível suspensão das aulas, caso a paralisação durasse mais tempo.“Com retomada da normalidade do abastecimento, decidimos suspender o decreto. Mas seguiremos atentos e monitorando a situação”, disse a prefeita Capitã Lucimara (PSD).
Não houve problemas com a coleta de lixo orgânico e reciclável, que seguem normalmente no decorrer em Valinhos. O DAEV (Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos), assim como a Guarda Civil Municipal, também seguem trabalhando normalmente.
Outras cidades também derrubaram decreto
Limeira, que foi a primeira cidade do país a decretar situação de emergência, na terça-feira, 1º, suspendeu o decreto nesta tarde.
Durante o feriado, apenas três linhas de ônibus circularam no município - apenas as que atendiam hospitais -, e os postos de combustíveis foram obrigados a reservar 5% dos estoques para abastecimento de veículos de serviço (como viaturas da PM, Guarda Civil Municipal e ambulâncias).
O município foi o mais prejudicado pelo movimento. O bloqueio, no km 148 da Rodovia Anhanguera, começou às 12h41 da segunda-feira. Os manifestantes só deixaram o local na noite desta quarta-feira, com a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar.
Finalmente, Mogi Mirim também cancelou o estado de emergência. Por lá, não houve alterações nos serviços essenciais durante as últimas 24 horas.