Estamos em setembro, mês em que, anualmente, é celebrado o 'Setembro Amarelo'. A campanha busca conscientizar sobre a gravidade dos problemas mentais, principalmente a depressão, como uma das principais motivações que levam ao suicídio.
De acordo com um dado levantado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em junho de 2021, ao menos uma morte a cada 100 ocorre por suicídio em todo o planeta. Levando em conta o número de tentativas falhas, o índice anual é extremamente preocupante.
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No Brasil, estima-se que uma pessoa tenta se matar a cada 45 minutos. No país, o Setembro Amarelo começou a virar pauta em 2015 por conta de um projeto criado em conjunto do CVV (Centro de Valorização da Vida), do CFM (Conselho Federal de Medicina) e da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Apesar disso, você sabe o porquê do Setembro Amarelo? Para conhecer a origem, temos que voltar no tempo, mais especificamente para os anos 90.
Em 1994, nos Estados Unidos, um jovem carinhoso, atencioso e aparentemente saudável chamado Mike Emme tirou a própria vida dentro de seu carro, um Mustang 1968 amarelo. Mike tinha apenas 17 anos.
Familiares e amigos do finado distribuíram cartões e fitas amarelas no funeral do garoto, em homenagem a ele e ao carro que ele tanto amava. Com os anos, a mensagens se espalhou pelo mundo todo.
A condição de Mike foi particularmente especial para a desmistificação da depressão, afinal, como dito anteriormente, ele transparecia a expressão de alguém 'divertido', 'alegre' e 'saudável' -- o contrário do estereótipo criado ao redor do indivíduo depressivo, ressaltando ainda mais a necessidade de se manter atendo às pessoas.
Depressão não é simplesmente tristeza repentina e ocasional, é uma doença incapacitante que atinge milhões de pessoas ao redor do mundo.
Assim como a maioria das doenças, existem sintomas capazes de auxiliar na identificação do quadro. Atenção! Apesar da generalização, a busca profissional é sempre indispensável para a geração de um diagnóstico.
1 - Sensação de vazio ou tristeza constante;
2 - Falta de ânimo, fadiga ou prazer em atividades que antes lhe convocavam desejo;
3 - Irritabilidade;
4 - Dores e/ou alterações físicas no corpo;
6 - Problemas ligados ao sono;
7 - Perda ou ganho atenuado de apetite;
8 - Falta de concentração;
9 - Pensamento constante em morte ou suicídio;
10 - Uso frequente de álcool e/ou drogas;
11 - Procrastinação.
Apesar de ter uma ideia de como 'lidar' com uma eventual depressão própria, como eu posso ajudar meu amigo que demonstra sinais depressivos?
A recomendação inicial é de sempre se recomendar que ele (ou ela) busque ajuda profissional. Para os mais resistentes, é também recomendável que, como ser empático, você busque sempre ouvir o que ele tem a dizer.
O estímulo para a prática de atividades físicas e a redução do uso de álcool e drogas é sempre essencial. Um ponto muito interessante é que também não se ignore brincadeiras ligadas a comentários suicidas, pois elas podem ter um tom de verdade sob os panos.
Por fim, lembre-o sempre que depressão tem cura.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece atendimento gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio. De acordo com o site da associação, são cerca de 1 milhão de pessoas atendidas por voluntários todo ano.
Para receber atendimento do CVV, ligue 188.