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BNDES aprova R$ 200 milhões para Eve investir no ‘carro voador’

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Imagem do 'carro voador' da Eve Air Mobility
Imagem do 'carro voador' da Eve Air Mobility

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento no valor de R$ 200 milhões para apoiar a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, no desenvolvimento do “carro voador” – eVTOL na sigla em inglês (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical) –, que será produzido em Taubaté.

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O dinheiro aprovado tem recursos do Fundo Clima (R$ 160 milhões) e da linha Finem (R$ 40 milhões).

O recurso será utilizado na fase de integração e funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação da empresa. Além de preparar o veículo para a campanha de testes para obtenção do certificado junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A previsão é que os “carros voadores” entrem em operação em 2027.

O apoio financeiro foi anunciado nesta terça-feira (9), em São Paulo (foto abaixo). A Eve comemorou com o tradicional toque de campainha na B3, a listagem na bolsa do Brasil, que ocorreu em agosto desse ano.

A listagem da Eve no país, que já estava na bolsa de valores de Nova York desde 2022, faz parte da estratégia de diversificação da base acionária da empresa, ampliando o acesso a investidores de diferentes mercados e fortalecendo a estrutura de capital necessária para o programa.

"Quando olhamos o filme do eVTOL voando sobre São Paulo, é impossível como brasileiro não parar e pensar: nós no Brasil estamos construindo uma coisa revolucionária. O país consegue competir de igual para igual em alta tecnologia nesse campo”, disse Alexandre Abreu, diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES.

“A Embraer é um orgulho, é mais que uma empresa de aviação, é o símbolo de um Brasil que dá certo. E o BNDES tem orgulho de participar da Embraer, é o segundo maior acionista", completou.

Carro voador.

O “carro voador” da Eve terá capacidade para quatro passageiros, além do piloto, alcance de 100 km e espaço para duas malas ou quatro bagagens de mão. Contará com oito motores elétricos elevadores (lifters) nas asas, aumentando seu nível de segurança e controlabilidade para o voo na vertical, e um motor na parte traseira para a navegação horizontal.

“A fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva no conceito de mobilidade urbana, com um veículo que vai conectar os principais pontos das grandes cidades e regiões metropolitanas, com menor emissão de gases de efeito estufa que helicópteros e carros convencionais. O BNDES tem todo o interesse em apoiar um projeto que já tem 2,8 mil pedidos de encomenda de clientes em nove países. Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Esse financiamento acelera uma etapa crítica do nosso programa: a integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável. Agradecemos ao BNDES pela confiança e pelo apoio contínuo à nossa visão de transformar a mobilidade urbana com soluções eficientes e sustentáveis, desenvolvidas e industrializadas no Brasil”, disse o CFO da Eve, Eduardo Couto.

Desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em crédito para apoiar a Eve em diferentes fases do desenvolvimento do eVTOL, incluindo a construção da fábrica em Taubaté. Em agosto deste ano, o banco anunciou R$ 405,3 milhões em investimento direto na Eve, na estratégia de retomada da atuação da BNDESPAR em renda variável.

Criado em 2009, o Fundo Clima está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e é administrado pelo BNDES, que atua como gestor na aplicação dos recursos reembolsáveis. Ele é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo de natureza contábil com a finalidade apoiar projetos ou estudos e financiar empreendimentos, aquisições de máquinas e equipamentos e inovações tecnológicas que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.

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