A Polícia Civil apura um caso de lesão corporal grave contra uma criança de seis anos, ocorrido na noite de sexta-feira (10) em Pindamonhangaba. De acordo com o boletim registrado no Plantão da Delegacia Seccional de Taubaté, o menino teria sido violentamente agredido pelo padrasto, dentro de uma adega localizada na rua Agenor Pereira, Jardim Santa Cecília.
O suspeito foi identificado como Alexandre Cafalloni da Rosa, de 32 anos. O caso é investigado como lesão corporal, com vítima menor de 14 anos.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
Segundo o pai do menino, Wesley Amaral Siqueira Nunes, que mora em São José dos Campos, o agressor teria pegado a cabeça da criança e batido várias vezes no chão, provocando fraturas no crânio e na face.
“Ele agrediu a criança, pegou a cabeça e bateu muitas vezes no chão. Chegou a trincar o crânio e a face dele. O neuro aqui do hospital falou que meu filho sobreviveu por Deus”, contou o pai, emocionado.
Ainda segundo o relato, o padrasto e a mãe da vítima levaram o menino ao Hospital Regional de Pindamonhangaba e tentaram mentir, dizendo que a criança havia caído de uma cadeira.
“Eles falaram que ele tinha caído da cadeira, mas a enfermeira logo percebeu e disse que aquilo não era queda, era agressão. O homem fugiu e ela tentou sair também, mas o pessoal do hospital segurou”, afirmou o pai.
O menino passou por cirurgia delicada para retirada de coágulo no cérebro e segue entubado.
“Ele acabou de fazer uma cirurgia, está entubado, com várias fraturas no crânio. O policial que atendeu o caso disse que em 19 anos de corporação nunca viu algo assim”, completou Wesley.
O pai relatou ainda que já havia denúncias anteriores de maus-tratos, e que pretende entrar na Justiça para obter a guarda do filho.
“Ele quase matou meu filho. O hospital inteiro ficou chocado, os enfermeiros choraram. Foi uma cena muito triste”, concluiu.
Transferência.
A criança foi transferida para o Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, onde continua internada em estado grave, sob acompanhamento da equipe de neurocirurgia. O boletim policial aponta que o menino sofreu fratura na parte frontal e lateral do crânio, além de sangramento intracraniano.
Investigação.
O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso. O suspeito deixou o hospital após o crime e é considerado foragido. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos, ouvir novas testemunhas e requisitar perícia técnica nos locais e objetos relacionados ao crime.
O caso é acompanhado pela equipe do delegado Dr. Carlos Eduardo Nascimento, com apoio da escrivã Fabiana de Mello.