
Juliano Guzmão Leme, de 19 anos, foi morto a tiros na última semana enquanto trabalhava em sua barbearia no bairro Jardim São José, em São José dos Campos. O crime, que chocou familiares, amigos e a comunidade local, ocorreu no momento em que o jovem cortava o cabelo de um cliente. O atirador, que usava uma máscara semelhante à do personagem do filme “Pânico”, invadiu o estabelecimento e efetuou os disparos à queima-roupa.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
Juliano era barbeiro desde os 14 anos e havia realizado o sonho de abrir o próprio negócio há poucas semanas. Ele também era pai de um menino de pouco mais de um ano e aguardava, com a esposa, a chegada da segunda filha, prevista para nascer no próximo mês. A criança se chamará Ísis, nome escolhido em homenagem à avó paterna.
Segundo relatos da família, Juliano não havia recebido ameaças recentes. A única possível motivação apontada seria uma briga envolvendo o jovem em fevereiro deste ano, durante uma discussão em uma adega da cidade. A viúva, no entanto, acredita que Juliano possa ter sido vítima de um acerto de contas por conta de sua postura protetora com os amigos. “Ele sempre defendeu todo mundo, mesmo quando os outros estavam errados. Talvez tenha comprado uma briga que não era dele”, disse.
Testemunhas relataram que o criminoso agiu com frieza e fugiu logo após o ataque. O cliente que estava sendo atendido conseguiu escapar sem ferimentos. O crime é investigado pela Polícia Civil, que busca identificar o autor e esclarecer as circunstâncias do homicídio.
Amigos e moradores do bairro se reuniram em frente à barbearia para prestar homenagens e cobrar justiça. Em meio a cartazes e balões brancos, a comunidade pediu paz e celeridade na apuração do caso.
A mãe de Juliano, Alessandra, emocionada, lamentou a perda e ressaltou o esforço do filho para construir uma vida digna. “Ele estava lutando para dar uma casa para a família, queria sair da minha casa e ter o cantinho dele. Agora, minha neta vai nascer e o pai não estará aqui para vê-la”, desabafou.
O caso segue sob investigação e, até o momento, nenhum suspeito foi preso.