
A Justiça negou o pedido do Ministério Público de São Paulo para uma intervenção judicial na Fundação João Paulo 2º, mantenedora da Canção Nova.
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A decisão na primeira instância, em Cachoeira Paulista, nesta terça-feira (4), também rejeitou o pedido de afastamento do padre Wagner Ferreira da Silva, presidente do Conselho Deliberativo da Fundação João Paulo 2º e da Comunidade Canção Nova. O MP também pedia o afastamento de outros cinco membros do conselho da fundação.
“A ausência de provas sobre uma alteração repentina na gestão financeira ou na atividade-fim da Fundação João Paulo 2º também aponta para a inexistência de perigo de dano", escreveu o juiz Gabriel Gonzalez na decisão.
"Apenas por cautela, destaco que não se trata de uma decisão que deixa a via aberta para desvirtuamento da fundação em prol da Comunidade Canção Nova, mas que apenas pontua que, a partir dos dados apresentados até agora, não é possível concluir que a cooptação ocorreu”, completou.
Agora, o processo segue tramitando até decisão em definitivo. Uma audiência de conciliação foi marcada para o dia 23 de março.
O MP aponta que a Fundação João Paulo 2º tem atuado com “nítido desvio de finalidade, denotando o controle da entidade a favor dos interesses da Comunidade Canção Nova”.
Na decisão, a Justiça conclui que a relação entre as duas instituições não é acidental, mas prevista em estatuto. “Não se trata de uma fundação privada que, a partir de manobras estatutárias ou fatos não previstos, viu-se sob a influência de outra instituição”, disse o magistrado.
Canção Nova.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o padre Wagner Ferreira da Silva defende a atuação das duas instituições e afirma que o MP está “tendo uma compreensão não adequada da Fundação João Paulo 2º”.
“São duas instituições distintas, mas que fazem parte de uma única obra: a obra Canção Nova. O padre Jonas, em vida, presidiu as duas instituições. E, portanto, era entendimento comum da Canção Nova de que o presidente da comunidade Canção Nova fosse também presidente da Fundação João Paulo II. E assim trabalhamos durante esses anos sem qualquer dificuldade, sem qualquer conflito. Trabalhamos muito bem”, afirmou o padre.