
Uma mulher foi presa em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, após a polícia encontrar o corpo de sua filha, Cecília, de 6 anos, em estado avançado de decomposição dentro da residência onde viviam. A suspeita, identificada como Gisele Matos de Almeida Gonçalves, foi detida no local, extremamente magra e em aparente estado de desnutrição.
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De acordo com as investigações, a criança teria morrido por falta de água e comida, uma situação premeditada pela mãe, que fazia uma contagem regressiva para a morte das duas. No imóvel, a polícia encontrou um caderno no qual Gisele anotava a contagem regressiva até o falecimento da filha. Uma das anotações dizia: “Faltam dez dias para a gente morrer.”
A suspeita afirmou aos policiais que impôs um jejum forçado à filha e que seu objetivo era morrer junto com ela. Contudo, segundo seu depoimento, Cecília deveria falecer antes para não ficar sozinha no mundo. A mulher declarou ainda estar cansada da rotina e demonstrou racionalidade ao falar sobre seus planos, o que gerou um cenário ambíguo para os investigadores.
O delegado responsável pelo caso, Pedro Henrique Coutinho, afirmou que, inicialmente, o crime parecia ser resultado de um surto psicótico. No entanto, a clareza e coerência com que Gisele expressava suas ideias levantaram dúvidas sobre essa hipótese.
As autoridades investigam se a motivação do crime pode estar relacionada a vingança contra o ex-marido de Gisele, pai da criança. Ele já havia sido denunciado por violência doméstica, mas as acusações não foram comprovadas.
Até o momento, Gisele Matos de Almeida Gonçalves responde por homicídio e ocultação de cadáver. O caso segue sob investigação para determinar se houve outros fatores envolvidos na morte da criança.