Gilberto Kassab não dá ponto sem nó.
Articulador político mais habituado a ouvir do que falar, Kassab rompeu o silêncio duas vezes nas duas últimas semana. O efeito? Só o pó ...
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Na semana passada, o cardeal do PSD fez barulho ao afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não venceria se a eleição fosse hoje. “Se fosse hoje, o PT não estaria na condição de favorito. Eles perderiam a eleição. Os partidos de centro estão criando uma alternativa para 2026", disse Kassab durante evento em São Paulo. De quebra, criticou a gestão de Fernando Haddad (PT) à frente do Ministério da Fazenda, classificando Haddad como um ministro “fraco”. O presidente saiu em defesa de Haddad, mas o estrago já estava feito. E só não foi maior em razão de uma pesquisa Quaest, divulgada na segunda-feira, apontar que Lula lidera todos os cenários simulados para a disputa presidencial em 2026, com índices de 28% a 33% das intenções de voto no primeiro turno.
Qual o alvo de Kassab?
Além da eleição, a reforma ministerial que se avizinha. Dono de um latifúndio de três ministérios na Esplanada, Kassab quer mais.
Agora, o presidente do PSD, também secretário do governo Tarcísio de Freitas, à frente da pasta de Relações Institucionais, tem dito a aliados que não vai apoiar uma eventual candidatura de Tarcísio à Presidência em 2026. Segundo o site de notícias “Metrópoles”, Kassab promete “não deixar” Tarcísio cometer o mesmo erro do ex-governador João Doria, que teria aberto mão da reeleição em São Paulo para disputar o Planalto em 2022. Na ótica do “mago” do PSD, Tarcísio ficaria melhor como candidato à reeleição.
Qual o alvo de Kassab?
Aliados dizem que Kassab sonha com a vaga de vice de Tarcísio em 2026 e, em seguida, com uma candidatura a governador em 2030, com Tarcísio a presidente.
Pode ser isso tudo junto e misturado. Ou, quem sabe, nada disso.
Mas uma coisa é certa: hábil articulador político, Kassab sempre quer mais. É bom ficar atento ao que vem por aí, principalmente porque Kassab tem, hoje, forte influência sobre a política de São José dos Campos --graças, principalmente, à sua aliança com Felício Ramuth, que conquistou o cargo de vice-governador do Estado por obra do líder do PSD.
Gilberto Kassab não dá ponto sem nó ...
