CESSAR-FOGO

Hamas liberta 4 reféns israelenses em nova troca de prisioneiros

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As reféns libertadas são do Exército israelense
As reféns libertadas são do Exército israelense

O grupo terrorista Hamas libertou neste sábado (25) quatro militares israelenses capturadas durante o ataque de 7 de outubro de 2023 que deu início ao conflito atual na Faixa de Gaza. As soldados foram entregues em troca de 200 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo em vigor desde o último domingo (19).

Como demonstração de força, o Hamas organizou um desfile militar em Gaza para libertar as israelenses, com dezenas de homens armados conduzindo-as até um pódio com mensagens pela libertação da Palestina antes de entregá-las ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Uma multidão de palestinos acompanhou o evento. 

As soldados são Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag. Elas faziam patrulha em um posto de observação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza quando foram capturadas pelo Hamas durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. Ao serem soltas, elas sorriram e acenaram aos palestinos antes de entrarem em veículos da Cruz Vermelha. Em Israel, uma transmissão ao vivo das famílias das reféns, que assistim a libertação pela TV em uma base militar na fronteira, mostrou os parentes gritando de felicidade ao verem imagens das militares sendo soltas. Em Tel Aviv, centenas de isralenses reunidos em uma praça se abraçaram, choraram e comemoraram a notícia.

De acordo com as Forças Armadas de Israel, as soldados já encontraram suas famílias e serão levadas para um hospital. A agência de notícias AFP relatou que ônibus carregando os prisioneiros palestinos libertos como parte do acordo já deixaram as duas prisões onde estavam: uma fica na Cisjordânia ocupada e a outra, no deserto de Neguev. A soltura dos palestinos aconteceu horas depois do previsto porque o Hamas, ao contrário do que havia sido combinado, não soltou nesse sábado uma refém civil junto com as militares. Israel acusou o grupo de violar o acordo, enquanto o Hamas disse que se tratou apenas de uma falha técnica e que ela será liberta na semana que vem.

Neste sábado, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu disse que as Forças Armadas não permitirão que os palestinos em Gaza retornem para suas casas no norte do território até que essa refém seja solta. Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas por causa da guerra, e muitas delas agora retornam apenas para encontrar destroços onde antes moravam.
Na primeira troca do acordo, o Hamas libertou três reféns em troca de 90 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e adolescentes. Os 200 prisoneiros libertados neste sábado, por sua vez, incluem pessoas condenadas a prisão perpétua por ataques terroristas que mataram dezenas de israelenses.

No total, excluindo presos em Gaza, Israel tem 10 mil palestinos em seu poder, entre condenados por ataques e presos sem acusação formal, suspeitos de "crimes contra a segurança do Estado de Israel", de acordo com as Forças Armadas. O acordo inicial prevê a soltura de 1.900 deles. Cerca de 90 reféns israelenses ainda estão em poder do Hamas em Gaza.

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