
O viaduto na rodovia Margarida da Graça Martins (SP-135), que liga os bairros Jardim Potiguar e Nova Iguaçu, continua gerando polêmica. Sem uma definição sobre a responsabilidade para a manutenção, a população que utiliza a estrutura segue sofrendo com as consequências da água suja e parada, mau cheiro e falta da parte da barreira de contenção, que faz com os usuários transitem junto aos veículos. A situação gera tanta insegurança que já foi apelidada de “travessia do medo”.
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O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou que a responsabilidade é da concessionária Rodovias do Tietê, que administra a rodovia do Açúcar, via que passa embaixo do viaduto. A concessionária, porém, negou ser a responsável e afirmou que “de acordo com o Contrato de Concessão firmado junto ao órgão regulador, cabe à concessionária realizar exclusivamente os serviços de manutenção e conservação da estrutura, garantindo as características herdadas do DER desde o início da concessão”.
Enquanto uma solução definitiva não é tomada, os deputados estaduais que representam o município na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) estão se mobilizando para buscar soluções para o problema. A deputada Professora Bebel (PT) informou que encaminhou uma indicação para a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). “Reforço a necessidade de uma ação enérgica, uma vez que a rodovia foi concedida à iniciativa privada e a população não pode continuar sofrendo as consequências de um serviço mal prestado”, disse a parlamentar.
O deputado Alex Madureira (PL) também notificou a Artesp, assim como enviou ofícios para o DER e para a concessionária Rodovias do Tietê. “Felizmente, até onde sei, não há registros de acidentes no local. No entanto, mesmo sem um histórico de incidentes, é inaceitável que a situação permaneça como está. É fundamental garantir a segurança de todos”, expressou o deputado, ao salientar que uma nova concessionária deverá assumir o trecho, após um pedido de recuperação judicial feito pela atual. “Com a nova empresa que assumirá o contrato, obras de melhoria certamente serão incluídas, e trabalharemos para que intervenções como essa, essenciais para a segurança na rodovia, sejam tratadas como prioridade”, salientou Madureira.
A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) informou ao Jornal de Piracicaba que
o viaduto não foi projetado para passagem de pedestres, mas não revelou o motivo real. A agência afirmou ainda que realizará uma avaliação, em conjunto com a concessionária responsável, para implementar medidas que impeçam o trânsito de pedestres no local, garantindo maior segurança para os usuários da rodovia.