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EDITORIAL
EDITORIAL
A tragédia anunciada
A tragédia anunciada
Em dois anos e quatro meses, o setor automotivo cortou 24% dos trabalhadores na região. GM demitiu 800 agora
Em dois anos e quatro meses, o setor automotivo cortou 24% dos trabalhadores na região. GM demitiu 800 agora
Embora, obviamente, os 800 trabalhadores da General Motors de São José dos Campos que receberam telegramas de demissão no último dia 21 tenham sido pegos de surpresa com o comunicado, a crise do setor automotivo brasileiro não é novidade.
Nos últimos dois anos e quatro meses, mais de 2.100 funcionários do setor - que já foi um dos maiores empregadores da região - foram demitidos no Vale do Paraíba. Isso representou um corte de 24% da força de trabalho total das montadoras instaladas por aqui.
No início de 2021, a Ford fechou a fábrica de Taubaté, demitindo 830 funcionários. Em 2022, foi a vez da Caoa Chery anunciar a paralisação da produção em Jacareí ao menos até 2025.
A Volkswagen, que tem 3.100 trabalhadores em Taubaté, já adotou uma série de medidas - como layoff, férias coletivas e paradas de produção - nos últimos anos para tentar evitar uma demissão em massa.
Os números mostram que a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 acelerou o processo de desindustrialização pelo qual passa o Brasil nas últimas décadas. A GM de São José dos Campos é um triste exemplo disso. Nos anos 2000, a montadora empregava 12,5 mil pessoas na cidade. Agora, já descontados os 800 demitidos esse mês, são 3.200 funcionários.
E agora, o que fazer? A solução não é simples, mas há caminhos que se mostram mais promissores. Para as empresas, é preciso pensar em novos formatos industriais, investir em tecnologia. A região tem uma vocação para a pesquisa, para novas ferramentas. Temos um espaço fértil a ser explorado nesse sentido.
Além disso, é necessário discutir novas possibilidades econômicas para a região. Inovação, turismo e economia criativa são apenas algumas das opções. Avançar nessas áreas permitiria que o Vale do Paraíba deixasse de ser tão dependente do setor industrial, que atravessa tão grave crise.
Para onde o futuro aponta? É sobre essa pergunta que devemos nos debruçar agora. E, se conseguirmos respondê-la corretamente, os próximos anos serão de notícias melhores para a região.
Embora, obviamente, os 800 trabalhadores da General Motors de São José dos Campos que receberam telegramas de demissão no último dia 21 tenham sido pegos de surpresa com o comunicado, a crise do setor automotivo brasileiro não é novidade.
Nos últimos dois anos e quatro meses, mais de 2.100 funcionários do setor - que já foi um dos maiores empregadores da região - foram demitidos no Vale do Paraíba. Isso representou um corte de 24% da força de trabalho total das montadoras instaladas por aqui.
No início de 2021, a Ford fechou a fábrica de Taubaté, demitindo 830 funcionários. Em 2022, foi a vez da Caoa Chery anunciar a paralisação da produção em Jacareí ao menos até 2025.
A Volkswagen, que tem 3.100 trabalhadores em Taubaté, já adotou uma série de medidas - como layoff, férias coletivas e paradas de produção - nos últimos anos para tentar evitar uma demissão em massa.
Os números mostram que a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 acelerou o processo de desindustrialização pelo qual passa o Brasil nas últimas décadas. A GM de São José dos Campos é um triste exemplo disso. Nos anos 2000, a montadora empregava 12,5 mil pessoas na cidade. Agora, já descontados os 800 demitidos esse mês, são 3.200 funcionários.
E agora, o que fazer? A solução não é simples, mas há caminhos que se mostram mais promissores. Para as empresas, é preciso pensar em novos formatos industriais, investir em tecnologia. A região tem uma vocação para a pesquisa, para novas ferramentas. Temos um espaço fértil a ser explorado nesse sentido.
Além disso, é necessário discutir novas possibilidades econômicas para a região. Inovação, turismo e economia criativa são apenas algumas das opções. Avançar nessas áreas permitiria que o Vale do Paraíba deixasse de ser tão dependente do setor industrial, que atravessa tão grave crise.
Para onde o futuro aponta? É sobre essa pergunta que devemos nos debruçar agora. E, se conseguirmos respondê-la corretamente, os próximos anos serão de notícias melhores para a região.
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