Uma missa em homenagem aos 30 dias da morte do casal José e Euzi Calixto, de 70 e 63 anos, respectivamente, acontece na noite desta quinta-feira (26), na Paróquia São Vicente, no bairro homônimo da zona leste de São José dos Campos. A celebração ocorre em um momento que as investigações sobre a morte dos idosos sofre uma completa reviravolta.

Foi na manhã desta terça-feira (25), em São José, que a Polícia Civil prendeu um dos filhos do falecido casal e pegou de surpresa inclusive parentes próximos da família.

José e Euzi morreram no final de setembro, entre os dias 25 e 26. Na ocasião, o corpo de ambos foi encontrado dentro de uma represa, em Paraibuna, nas proximidades de uma propriedade que os idosos tinham na cidade.

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Segundo as autoridades, o suspeito, que tem deficiência intelectual, teria empurrado a mãe – que não sabe nadar – na água, e em seguida executado o pai com uma ‘gravata’, golpe característico do Jiu Jitsu. As motivações para o crime, de acordo com a Polícia Civil, seria o ‘conservadorismo’ dos pais, que não aceitavam que o filho fizesse tatuagens nem usasse brincos.

É em meio a todo esse contexto que a celebração religiosa acontece na noite desta quarta, a partir das 19h30. Boa parte da família do casal estará presente na ocasião.

Além disso, a Paróquia São Vicente, onde acontece a missa, era um local bastante frequentado pelo casal, que chegou até a acumular cargos dentro da comunidade religiosa. No dia da confirmação das mortes, a página oficial da entidade lamentou a morte de José e Euzi. O idoso, inclusive, era chamado de ‘Calixto profeta’.

O CASO.

Reservados, religiosos e trabalhadores do campo. Esse era o perfil de José e Euzi, que moravam no Novo Detroit, na zona leste de São José. No dia da morte, na companhia do filho, o casal havia ido acompanhar uma obra no forro da cozinha de uma casa que possuíam em Paraibuna.

Euzi foi achada morta no dia 25, em um trecho da represa de Paraibuna que passa próxima à rua dos Curiós, no bairro Colinas. O marido foi encontrado no dia seguinte. Inicialmente, a suspeita era de afogamento.

O casal era religioso e professava a fé católica, mantendo em suas redes sociais diversas imagens em momentos de descontração dentro de algumas comunidades eclesiásticas das quais faziam parte.