INQUÉRITO

INQUÉRITO

MP investiga suposta irregularidade em locação de cabines sanitizadoras em Taubaté

MP investiga suposta irregularidade em locação de cabines sanitizadoras em Taubaté

Contrato firmado no fim de 2021 custará R$ 9 milhões; mesmo com enfraquecimento da pandemia, equipamentos ainda são disponibilizados nas creches da rede municipal

Contrato firmado no fim de 2021 custará R$ 9 milhões; mesmo com enfraquecimento da pandemia, equipamentos ainda são disponibilizados nas creches da rede municipal

Por Julio Codazzi | 15/09/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Taubaté

Por Julio Codazzi
Taubaté

15/09/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Divulgação/PMT

Cabines sanitizadoras começaram a ser usadas em fevereiro de 2022

O Ministério Público investiga supostas irregularidades no contrato de aluguel de cabines sanitizadoras, que são utilizadas para higienizar as mochilas de estudantes da rede municipal de ensino de Taubaté.

O inquérito foi instaurado a partir de uma representação da vereadora Talita Cadeirante (PSB), que faz oposição ao governo José Saud (MDB).

Tanto a Prefeitura quanto a empresa Movimente Brasil, que é proprietária das cabines sanitizadoras, negam qualquer irregularidade (leia mais abaixo).

CABINES.
O contrato para a locação de 180 cabines sanitizadoras (com capacidade mínima de 1.850 litros) e de outros 100 equipamentos menores de sanitização (com capacidade mínima de 19 litros) foi firmado no fim de 2021, após licitação. O valor inicialmente foi de R$ 6,196 milhões por 12 meses.

Em fevereiro de 2022, após quase dois anos de aulas remotas devido à pandemia da Covid-19, as escolas da rede municipal retomaram as atividades presenciais obrigatórias. Na ocasião, as cabines sanitizadoras foram apresentadas pela Prefeitura como equipamentos que deixariam as mochilas "livres do coronavírus e de outros inúmeros agentes contaminantes".

No fim de 2022, mesmo após o enfraquecimento da pandemia, o contrato foi prorrogado parcialmente por mais 12 meses, por R$ 2,833 milhões - até o fim de 2023, os equipamentos continuarão a ser usados nas creches municipais.

DENÚNCIA.
Procurada pela reportagem, Talita Cadeirante afirmou que os principais fatores que levantaram suspeita sobre o contrato foram "o alto valor" e o momento em que houve a locação dos equipamentos.

"Um mês e meio após as cabines chegarem nas escolas, o governo do estado de São Paulo desobrigou o uso das máscaras nas escolas. Então, desde abril/maio de 2022 começamos a receber denúncias de funcionários e pais de alunos dando conta que as cabines não estavam sendo utilizadas. E também comprovamos isso em várias visitas que fizemos as escolas", disse a vereadora.

"O que aumentou ainda mais as nossas suspeitas e nos levou a encaminhar essa denúncia ao MP foi o fato de que, após inúmeros alertas, a Prefeitura ainda assim renovou parte desse contrato para 2023", completou a parlamentar.

OUTRO LADO.
A Secretaria de Educação informou que "está cooperando" com o MP "para a garantia de um processo justo e transparente".

Sobre o uso das cabines mesmo em um período em que os alunos não usam máscara e têm contato físico, a pasta alegou que os equipamentos seguem eficazes para "reduzir o risco de contaminação".

A Movimente Brasil, que tem sede em Bragança Paulista (SP), afirmou que os equipamentos são eficazes. Taubaté é o único município que tem contrato em vigor com a empresa atualmente.

O Ministério Público investiga supostas irregularidades no contrato de aluguel de cabines sanitizadoras, que são utilizadas para higienizar as mochilas de estudantes da rede municipal de ensino de Taubaté.

O inquérito foi instaurado a partir de uma representação da vereadora Talita Cadeirante (PSB), que faz oposição ao governo José Saud (MDB).

Tanto a Prefeitura quanto a empresa Movimente Brasil, que é proprietária das cabines sanitizadoras, negam qualquer irregularidade (leia mais abaixo).

CABINES.
O contrato para a locação de 180 cabines sanitizadoras (com capacidade mínima de 1.850 litros) e de outros 100 equipamentos menores de sanitização (com capacidade mínima de 19 litros) foi firmado no fim de 2021, após licitação. O valor inicialmente foi de R$ 6,196 milhões por 12 meses.

Em fevereiro de 2022, após quase dois anos de aulas remotas devido à pandemia da Covid-19, as escolas da rede municipal retomaram as atividades presenciais obrigatórias. Na ocasião, as cabines sanitizadoras foram apresentadas pela Prefeitura como equipamentos que deixariam as mochilas "livres do coronavírus e de outros inúmeros agentes contaminantes".

No fim de 2022, mesmo após o enfraquecimento da pandemia, o contrato foi prorrogado parcialmente por mais 12 meses, por R$ 2,833 milhões - até o fim de 2023, os equipamentos continuarão a ser usados nas creches municipais.

DENÚNCIA.
Procurada pela reportagem, Talita Cadeirante afirmou que os principais fatores que levantaram suspeita sobre o contrato foram "o alto valor" e o momento em que houve a locação dos equipamentos.

"Um mês e meio após as cabines chegarem nas escolas, o governo do estado de São Paulo desobrigou o uso das máscaras nas escolas. Então, desde abril/maio de 2022 começamos a receber denúncias de funcionários e pais de alunos dando conta que as cabines não estavam sendo utilizadas. E também comprovamos isso em várias visitas que fizemos as escolas", disse a vereadora.

"O que aumentou ainda mais as nossas suspeitas e nos levou a encaminhar essa denúncia ao MP foi o fato de que, após inúmeros alertas, a Prefeitura ainda assim renovou parte desse contrato para 2023", completou a parlamentar.

OUTRO LADO.
A Secretaria de Educação informou que "está cooperando" com o MP "para a garantia de um processo justo e transparente".

Sobre o uso das cabines mesmo em um período em que os alunos não usam máscara e têm contato físico, a pasta alegou que os equipamentos seguem eficazes para "reduzir o risco de contaminação".

A Movimente Brasil, que tem sede em Bragança Paulista (SP), afirmou que os equipamentos são eficazes. Taubaté é o único município que tem contrato em vigor com a empresa atualmente.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.

Ainda não é assinante?

Clique aqui para fazer a assinatura e liberar os comentários no site.