ACIDENTES

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Número de motociclistas mortos no Vale supera mais do que o dobro as vítimas em carros

Número de motociclistas mortos no Vale supera mais do que o dobro as vítimas em carros

De janeiro a julho de 2023, morreram 80 pessoas pilotando motos na região

De janeiro a julho de 2023, morreram 80 pessoas pilotando motos na região

Por Xandu Alves | 4 dias atrás | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Por Xandu Alves
São José dos Campos

4 dias atrás - Tempo de leitura: 2 min

Divulgação / Adenir Britto / PMSJC

Ação Educativa com motociclistas na Semana do Trânsito em São José

Aos 19 anos, Isaac Félix da Silva Fonseca fez sua última viagem pilotando sua moto.

No sábado (9), ele levava uma adolescente de 17 anos na garupa quando perdeu a direção da moto e bateu em um poste numa avenida do bairro Imaculada, em Taubaté.

A violência da colisão fez Isaac morrer de choque hipovolêmico, em razão da perda de grande quantidade de líquidos e sangue. A jovem ficou ferida e foi socorrida.

O jovem Isaac não é uma vítima isolada. Motociclistas lideram o ranking de mortes em acidentes de trânsito no Vale do Paraíba, segundo dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo).

De janeiro a julho de 2023, morreram 80 pessoas pilotando motos na região, o que é mais do que o dobro das mortes de condutores de carros -- 31 no Vale no mesmo período.

Somando as mortes de motociclistas (80), pedestres (55) e de ciclistas (23), a região tem 158 óbitos de um total de 196 mortes em acidentes de trânsito, o que revela a alta letalidade destes três públicos – representam 81% do total de mortes nas estradas e vias municipais da região.

De acordo com os dados do Infosiga, os motociclistas foram 41% do total de vítimas em acidentes de trânsito na região neste ano, contra 16% dos motoristas de carros. Os pedestres representaram 28% e os ciclistas, 12%.

A situação vem piorando, ano a ano, para a mortalidade de motociclistas e pedestres, principalmente. Em 2015, primeiro ano de dados do Infosiga, o Vale registrou 425 mortes no trânsito, sendo 152 de motociclistas (36% do total) e 104 de pedestres (24%). Os condutores de carros foram 82 óbitos (19%).

De lá para cá, a participação de motociclistas e de pedestres no total das mortes no trânsito cresceu 14%, enquanto que a de motoristas de carros diminuiu 18%.

O desafio é reduzir a mortalidade de motociclistas com o aumento de 17% na frota de motos em cinco anos na região, passando de 284 mil para 33,4 mil entre 2015 e 2020, segundo o Seade. No mesmo período, o total de carros aumentou 15%: 837,3 mil para 963,8 mil.

CIDADES

As cidades de São José e de Taubaté concentram quase 30% das mortes de motociclistas no trânsito do Vale desde 2015. De um total de 1.136 óbitos em motos desde 2015, São José tem 22% (246) e Taubaté 6% (67). Dos 740 pedestres mortes, 202 foram em São José (27%) e 131 em Taubaté (18%) – 45% nas duas.

A RM Campinas registra 3.324 mortes de motociclistas desde 2015, 38% do total de óbitos em acidentes de trânsito no período (8.711). Os carros foram 23%, os pedestres 22% e os ciclistas 6% e das mortes. A cidade de Campinas registra 496 mortes com motos (15% do total da RM), 399 com pedestres (21%), 240 com carros (11%) e 48 com ciclistas (8,7%).

Aos 19 anos, Isaac Félix da Silva Fonseca fez sua última viagem pilotando sua moto.

No sábado (9), ele levava uma adolescente de 17 anos na garupa quando perdeu a direção da moto e bateu em um poste numa avenida do bairro Imaculada, em Taubaté.

A violência da colisão fez Isaac morrer de choque hipovolêmico, em razão da perda de grande quantidade de líquidos e sangue. A jovem ficou ferida e foi socorrida.

O jovem Isaac não é uma vítima isolada. Motociclistas lideram o ranking de mortes em acidentes de trânsito no Vale do Paraíba, segundo dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo).

De janeiro a julho de 2023, morreram 80 pessoas pilotando motos na região, o que é mais do que o dobro das mortes de condutores de carros -- 31 no Vale no mesmo período.

Somando as mortes de motociclistas (80), pedestres (55) e de ciclistas (23), a região tem 158 óbitos de um total de 196 mortes em acidentes de trânsito, o que revela a alta letalidade destes três públicos – representam 81% do total de mortes nas estradas e vias municipais da região.

De acordo com os dados do Infosiga, os motociclistas foram 41% do total de vítimas em acidentes de trânsito na região neste ano, contra 16% dos motoristas de carros. Os pedestres representaram 28% e os ciclistas, 12%.

A situação vem piorando, ano a ano, para a mortalidade de motociclistas e pedestres, principalmente. Em 2015, primeiro ano de dados do Infosiga, o Vale registrou 425 mortes no trânsito, sendo 152 de motociclistas (36% do total) e 104 de pedestres (24%). Os condutores de carros foram 82 óbitos (19%).

De lá para cá, a participação de motociclistas e de pedestres no total das mortes no trânsito cresceu 14%, enquanto que a de motoristas de carros diminuiu 18%.

O desafio é reduzir a mortalidade de motociclistas com o aumento de 17% na frota de motos em cinco anos na região, passando de 284 mil para 33,4 mil entre 2015 e 2020, segundo o Seade. No mesmo período, o total de carros aumentou 15%: 837,3 mil para 963,8 mil.

CIDADES

As cidades de São José e de Taubaté concentram quase 30% das mortes de motociclistas no trânsito do Vale desde 2015. De um total de 1.136 óbitos em motos desde 2015, São José tem 22% (246) e Taubaté 6% (67). Dos 740 pedestres mortes, 202 foram em São José (27%) e 131 em Taubaté (18%) – 45% nas duas.

A RM Campinas registra 3.324 mortes de motociclistas desde 2015, 38% do total de óbitos em acidentes de trânsito no período (8.711). Os carros foram 23%, os pedestres 22% e os ciclistas 6% e das mortes. A cidade de Campinas registra 496 mortes com motos (15% do total da RM), 399 com pedestres (21%), 240 com carros (11%) e 48 com ciclistas (8,7%).

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