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ESTUPRO
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Violência sexual explode na RMVale: estupro de vulnerável cresce 40% desde 2017
Violência sexual explode na RMVale: estupro de vulnerável cresce 40% desde 2017
Anuário Brasileiro da Segurança Pública aponta ‘explosão da violência sexual no país’ e ainda aponta subnotificação dos casos
Anuário Brasileiro da Segurança Pública aponta ‘explosão da violência sexual no país’ e ainda aponta subnotificação dos casos
Por Xandu Alves | 08/09/2023 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos
Divulgação

A violência sexual explodiu no Vale do Paraíba nos últimos anos, com aumento de até 40% em casos de estupros cometidos contra vulneráveis – crianças, adolescentes e pessoas sem condição de se defender ou em situação de fragilidade.
De acordo os dados oficiais da SSP (Secretaria de Estado de Segurança Pública), a RMVale registrou 255 estupros de vulneráveis de janeiro a julho de 2017, primeiro ano em que a categoria dos vulneráveis começou a ser contabilizada pelo governo estadual nos casos de violência sexual.
Em 2023, no mesmo período, o número subiu para 355, um crescimento de 40% entre os dois intervalos. Foi o maior aumento percentual entre os casos de violência sexual na região.
Na mesma comparação, o total de estupros passou de 359 para 470, um crescimento de 31%. O número de estupros – excetuando os de vulneráveis – aumentou de 104 para 115, uma alta de 10,58%.
EXPLOSÃO
Os casos de violência sexual tiveram uma explosão nos últimos quatro anos na região, desde 2019, principalmente contra meninas e mulheres, que são as principais vítimas.
No período de janeiro de 2019 a julho de 2023, o Vale contabiliza 3.369 estupros (incluindo os de vulneráveis) contra 2.635 em igual período antecedente, o que representa um aumento de 28%.
O número de estupros apenas de 2023, de janeiro a julho, é o maior desde 2019, em igual intervalo, com 470 crimes registrados contra 477. Os estupros de vulneráveis também são os mais numerosos desde 2019: 355 contra 357.
“As mulheres estão sendo cada vez mais violentadas, por isso existe uma reincidência muito alta nas medidas protetivas”, disse Marcela Andrade, diretora do Centro Dandara, de São José dos Campos, que atende mulheres vítimas de violência, incluindo a sexual.
BRASIL
Os dados divulgados na edição deste ano do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam um cenário devastador: o maior número de registros de estupro e de estupro de vulnerável da história do país em 2022, com 74.930 vítimas.
“Estes números correspondem aos casos que foram notificados às autoridades policiais e, portanto, representam apenas uma fração da violência sexual experimentada por mulheres e homens, meninas e meninos de todas as idades”, diz trecho do documento, que é produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os números consideram os casos de estupro, que somaram 18.110 vítimas em 2022, crescimento de 7% em relação ao ano anterior, bem como os casos de estupro de vulnerável, com um total de 56.820 vítimas, incremento de 8,6%.
Isto significa dizer que 24,2% das vítimas eram homens e mulheres com mais de 14 anos e que 75,8% eram incapazes de consentir, fosse pela idade (menores de 14 anos) ou por qualquer outro motivo (deficiência, enfermidade etc.).
Em relação ao ano de 2021, a taxa de estupro e estupro de vulnerável cresceu 8,2% e chegou a 36,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes no país.
SUBNOTIFICAÇÃO
O mais grave é que um estudo recente divulgado por pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indicou que apenas 8,5% dos estupros no Brasil são reportados às polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde.
Assim, segundo a estimativa produzida pelo estudo, o patamar de casos de estupro no Brasil é da ordem de 822 mil casos anuais.
“Se considerarmos que desde 2019 (ano considerado no estudo) os registros cresceram, a situação pode ser ainda mais grave”, apontou o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A violência sexual explodiu no Vale do Paraíba nos últimos anos, com aumento de até 40% em casos de estupros cometidos contra vulneráveis – crianças, adolescentes e pessoas sem condição de se defender ou em situação de fragilidade.
De acordo os dados oficiais da SSP (Secretaria de Estado de Segurança Pública), a RMVale registrou 255 estupros de vulneráveis de janeiro a julho de 2017, primeiro ano em que a categoria dos vulneráveis começou a ser contabilizada pelo governo estadual nos casos de violência sexual.
Em 2023, no mesmo período, o número subiu para 355, um crescimento de 40% entre os dois intervalos. Foi o maior aumento percentual entre os casos de violência sexual na região.
Na mesma comparação, o total de estupros passou de 359 para 470, um crescimento de 31%. O número de estupros – excetuando os de vulneráveis – aumentou de 104 para 115, uma alta de 10,58%.
EXPLOSÃO
Os casos de violência sexual tiveram uma explosão nos últimos quatro anos na região, desde 2019, principalmente contra meninas e mulheres, que são as principais vítimas.
No período de janeiro de 2019 a julho de 2023, o Vale contabiliza 3.369 estupros (incluindo os de vulneráveis) contra 2.635 em igual período antecedente, o que representa um aumento de 28%.
O número de estupros apenas de 2023, de janeiro a julho, é o maior desde 2019, em igual intervalo, com 470 crimes registrados contra 477. Os estupros de vulneráveis também são os mais numerosos desde 2019: 355 contra 357.
“As mulheres estão sendo cada vez mais violentadas, por isso existe uma reincidência muito alta nas medidas protetivas”, disse Marcela Andrade, diretora do Centro Dandara, de São José dos Campos, que atende mulheres vítimas de violência, incluindo a sexual.
BRASIL
Os dados divulgados na edição deste ano do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam um cenário devastador: o maior número de registros de estupro e de estupro de vulnerável da história do país em 2022, com 74.930 vítimas.
“Estes números correspondem aos casos que foram notificados às autoridades policiais e, portanto, representam apenas uma fração da violência sexual experimentada por mulheres e homens, meninas e meninos de todas as idades”, diz trecho do documento, que é produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os números consideram os casos de estupro, que somaram 18.110 vítimas em 2022, crescimento de 7% em relação ao ano anterior, bem como os casos de estupro de vulnerável, com um total de 56.820 vítimas, incremento de 8,6%.
Isto significa dizer que 24,2% das vítimas eram homens e mulheres com mais de 14 anos e que 75,8% eram incapazes de consentir, fosse pela idade (menores de 14 anos) ou por qualquer outro motivo (deficiência, enfermidade etc.).
Em relação ao ano de 2021, a taxa de estupro e estupro de vulnerável cresceu 8,2% e chegou a 36,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes no país.
SUBNOTIFICAÇÃO
O mais grave é que um estudo recente divulgado por pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indicou que apenas 8,5% dos estupros no Brasil são reportados às polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde.
Assim, segundo a estimativa produzida pelo estudo, o patamar de casos de estupro no Brasil é da ordem de 822 mil casos anuais.
“Se considerarmos que desde 2019 (ano considerado no estudo) os registros cresceram, a situação pode ser ainda mais grave”, apontou o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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