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Ciclistas fazem abaixo-assinado após Univap proibir o uso de pistas no Urbanova

Ciclistas fazem abaixo-assinado após Univap proibir o uso de pistas no Urbanova

Praticantes afirmam que foram pegos de surpresa e chamam medida da universidade de 'autoritária'

Praticantes afirmam que foram pegos de surpresa e chamam medida da universidade de 'autoritária'

Por Da Redação | 25/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos

Por Da Redação
São José dos Campos

25/05/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Divulgação

Um grupo de ciclistas criou um abaixo-assinado virtual pedindo a liberação das trilhas de terra nas dependências da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), em São José dos Campos, para a prática de mountain-bike. Recentemente a universidade proibiu a prática da modalidade por esportistas profissionais e amadores em suas áreas rurais.

Fernando Sapucahy, um dos ciclistas participantes da modalidade e idealizador da petição online, afirmou que os ciclistas receberam com surpresa a privação de uso das áreas rurais por parte da Univap. Segundo ele, o grupo de praticantes que frequenta o local sempre foi cordial.

“Nosso galera é um pessoal bacana, consciente, que sempre mantém tudo limpo. Quando alguém perde alguma coisa no trajeto, sempre penduramos nas árvores para que a pessoa possa achar em seguida. A convivência é sempre muito boa, por isso estranhamos a proibição”, destacou.

Segundo ele, o abaixo-assinado (confira aqui) – que já conta com mais de mil assinaturas em menos de 24 horas – surgiu como uma forma de ampliar o diálogo da universidade com os ciclistas. No entanto, Sapucahy pontua que a relação da Univap com os praticantes de mountain-bike já está estremecida há algum tempo.

“A Univap tem uma relação tensa com os ciclistas há um bom tempo. Sabemos disso. De tempos em tempos eles fazem essa proibição e justificam dizendo que alguém teria cuspido na casa de algum segurança, ou porque fez uma fogueira. Sinceramente, nunca vimos isso, por isso ficamos surpresos (...) A petição é uma forma de forçar a universidade a falar com a gente, explicar o que realmente aconteceu, já que a medida que tomaram, do dia para noite, me pareceu muito autoritária’, completou.

Ele explica também sobre a identificação antiga da região do Urbanova com a prática do ciclismo. Atualmente tomado por grandes e nobres empreendimentos imobiliários, a região há cerca de 30 anos era o destino preferido dos praticantes. Ele chega a chamar o bairro de ‘fomentador do ciclismo’.

Atualmente, ele garante que, para todos, a privação do espaço para a prática do mountain-bike é dolorosa. “Atletas amadores e profissionais se utilizam desse espaço. É terapêutico, controla a ansiedade, faz bem. Para nós, isso é como se você fosse um surfista e ficasse probido de entrar em uma praia”, complementou.

OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a Univap para buscar um posicionamento em relação à proibição da prática de mountain-bike em suas dependências pelos ciclistas, mas a FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), responsável por manter a universidade e os colégios Univap, afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso.

Na última quarta-feira (24) o presidente da FVE, Eduardo Jorge de Brito Bastos, esteve no gabinete do vereador Renato Santhiago (PSDB) para uma reunião sobre o fechamento das trilhas existentes no local. As imagens da conversa foram divulgadas nas redes sociais do parlamentar.

O vereador afirmou que o mandatário da universidade apresentou vídeos com cenas de depredação, fogueiras, cortes de árvores e diversos outros problemas, o que levou a Univap ser acionada pelo Gaema (Grupo de Atuação Especial em Defesa do Meio Ambiente). Contudo, Renato enfatiza na descrição da publicação que os problemas "não foram gerados pelos ciclistas".

"Me foram apresentados vários vídeos, com cenas de depredações, fogueiras, cortes de árvores, enfim, uma série de problemas que outras pessoas, não os ciclistas, causam e acabam prejudicando aqueles que querem usar o lugar de forma civilizada", disse Santiago no post.

Ele termina ainda destacando que a "Univap não quer ser multada por degradação ambiental". "Vamos trabalhar para que possamos cuidar da área e ela possa ser liberada o mais rápido possível", concluiu.

Um grupo de ciclistas criou um abaixo-assinado virtual pedindo a liberação das trilhas de terra nas dependências da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), em São José dos Campos, para a prática de mountain-bike. Recentemente a universidade proibiu a prática da modalidade por esportistas profissionais e amadores em suas áreas rurais.

Fernando Sapucahy, um dos ciclistas participantes da modalidade e idealizador da petição online, afirmou que os ciclistas receberam com surpresa a privação de uso das áreas rurais por parte da Univap. Segundo ele, o grupo de praticantes que frequenta o local sempre foi cordial.

“Nosso galera é um pessoal bacana, consciente, que sempre mantém tudo limpo. Quando alguém perde alguma coisa no trajeto, sempre penduramos nas árvores para que a pessoa possa achar em seguida. A convivência é sempre muito boa, por isso estranhamos a proibição”, destacou.

Segundo ele, o abaixo-assinado (confira aqui) – que já conta com mais de mil assinaturas em menos de 24 horas – surgiu como uma forma de ampliar o diálogo da universidade com os ciclistas. No entanto, Sapucahy pontua que a relação da Univap com os praticantes de mountain-bike já está estremecida há algum tempo.

“A Univap tem uma relação tensa com os ciclistas há um bom tempo. Sabemos disso. De tempos em tempos eles fazem essa proibição e justificam dizendo que alguém teria cuspido na casa de algum segurança, ou porque fez uma fogueira. Sinceramente, nunca vimos isso, por isso ficamos surpresos (...) A petição é uma forma de forçar a universidade a falar com a gente, explicar o que realmente aconteceu, já que a medida que tomaram, do dia para noite, me pareceu muito autoritária’, completou.

Ele explica também sobre a identificação antiga da região do Urbanova com a prática do ciclismo. Atualmente tomado por grandes e nobres empreendimentos imobiliários, a região há cerca de 30 anos era o destino preferido dos praticantes. Ele chega a chamar o bairro de ‘fomentador do ciclismo’.

Atualmente, ele garante que, para todos, a privação do espaço para a prática do mountain-bike é dolorosa. “Atletas amadores e profissionais se utilizam desse espaço. É terapêutico, controla a ansiedade, faz bem. Para nós, isso é como se você fosse um surfista e ficasse probido de entrar em uma praia”, complementou.

OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a Univap para buscar um posicionamento em relação à proibição da prática de mountain-bike em suas dependências pelos ciclistas, mas a FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), responsável por manter a universidade e os colégios Univap, afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso.

Na última quarta-feira (24) o presidente da FVE, Eduardo Jorge de Brito Bastos, esteve no gabinete do vereador Renato Santhiago (PSDB) para uma reunião sobre o fechamento das trilhas existentes no local. As imagens da conversa foram divulgadas nas redes sociais do parlamentar.

O vereador afirmou que o mandatário da universidade apresentou vídeos com cenas de depredação, fogueiras, cortes de árvores e diversos outros problemas, o que levou a Univap ser acionada pelo Gaema (Grupo de Atuação Especial em Defesa do Meio Ambiente). Contudo, Renato enfatiza na descrição da publicação que os problemas "não foram gerados pelos ciclistas".

"Me foram apresentados vários vídeos, com cenas de depredações, fogueiras, cortes de árvores, enfim, uma série de problemas que outras pessoas, não os ciclistas, causam e acabam prejudicando aqueles que querem usar o lugar de forma civilizada", disse Santiago no post.

Ele termina ainda destacando que a "Univap não quer ser multada por degradação ambiental". "Vamos trabalhar para que possamos cuidar da área e ela possa ser liberada o mais rápido possível", concluiu.

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