O transporte público em São José dos Campos é considerado ‘ótimo’ e ‘bom’ por 45% da população, como mostra levantamento OVALE/Sampi/Ágili Pesquisas. Do total de entrevistados, 7,95% avaliaram o serviço como ‘ótimo’ e 37,06% como ‘bom’.

Classificaram a qualidade do transporte como ‘regular’ a parcela de 26,57% dos pesquisados, ‘ruim’ recebeu 8,29% das respostas e ‘péssimo’ ficou com 7,28%. Somadas, as duas piores avaliações chegam a 15,57%. Não sabe ou não responderam foram 12,86% dos entrevistados.

Foram ouvidas 590 pessoas entre 4 e 8 de maio, em São José dos Campos. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

ESTRATIFICAÇÃO

A qualidade do transporte em São José foi mais bem avaliada pelos homens, com 10,65% de ‘ótima’ e 40,55% de ‘boa’, contra 5,33% e 33,67% das mulheres, que lideram em ‘regular’ -- 30% ante 23,02%. Com ‘ruim’, as mulheres tiveram 12% e os homens foram 4,47%. Com ‘péssima’, 10,33% delas e 4,12% deles.

Na divisão por idade, os maiores percentuais foram de 13,7% para ‘ótima’ e 43,84% para ‘boa’ entre os de 60 anos ou mais. ‘Regular’ venceu entre os de 16 a 24 anos (35,9%) e ‘ruim’ (14,18%) e ‘péssima’ (10,45%) entre os de 25 a 34 anos.

A qualidade do transporte na maior cidade da RMVale recebeu ainda 16,67% de ‘ótima’ dos pesquisados com o ensino fundamental completo, 38,63% de ‘boa’ e 28,35% de ‘regular’ dos que têm o ensino médio e 10% de ‘ruim’ e de ‘péssima’ dos com o fundamental.

Entre as regiões da cidade, a maior quantidade de votos para a avaliação de ‘ótima’ veio dos que moram na zona norte (12,5%), de ‘boa’ na central (46,59%), de ‘regular’ na sudeste (32,69%) e de ‘ruim’ (12,1%) e de ‘péssima’ (15,32%) na região leste.

A pesquisa foi contratada por OVALE, um dos mais tradicionais veículo de comunicação de São Paulo, com atuação na RMVale e Campinas.

O jornal tem o apoio do portal Sampi Campinas na divulgação dos resultados.

DESAFIO

A Prefeitura de São José dos Campos tenta desde o final de 2018 implantar um novo sistema de transporta na cidade. Na época, começou a construção do novo modelo, que incluiu estudos da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2019. Em abril de 2021, lançou o primeiro edital.

Desde então, a administração enfrenta problemas com a licitação, como desinteresse das empresas, anulação de contratos e questionamentos de tribunais de contas.

O último capítulo levou a Urbam (Urbanizadora Municipal) a revogar a licitação para a locação de 400 veículos elétricos, que operariam no novo sistema. Órgãos técnicos do TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontarem série de falhas no modelo proposto pela prefeitura. A Urbam informou que reavaliando o edital para nova publicação.