VOTAÇÃO

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Com mudança na Vila Adyana, Câmara aprova alteração no Plano Diretor de São José

Com mudança na Vila Adyana, Câmara aprova alteração no Plano Diretor de São José

Projeto do prefeito Anderson Farias visa estimular a verticalização no bairro, que fica na região central do município

Projeto do prefeito Anderson Farias visa estimular a verticalização no bairro, que fica na região central do município

Por Julio Codazzi | 18/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Por Julio Codazzi
São José dos Campos

18/05/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Flavio Pereira/CMSJC

Plenário da Câmara de São José dos Campos

A Câmara de São José dos Campos aprovou nessa quinta-feira (18) o projeto do prefeito Anderson Farias (PSD) que faz alterações no Plano Diretor do município.

O texto recebeu 12 votos favoráveis e oito contrários – votaram contra os vereadores Amélia Naomi (PT), Dr. José Claudio (PSDB), Dulce Rita (PSDB), Fernando Petiti (MDB), Juliana Fraga (PT), Roberto Chagas (PL), Thomaz Henrique (Novo) e Walter Hayashi (PSC).

Aprovado em votação única, o projeto seguirá agora para a sanção do prefeito, para que as alterações virem lei.

PROJETO.
O projeto acrescenta desconto de 5% no pagamento à vista da contrapartida financeira de planejamento urbano sustentável da OODC (Outorga Onerosa do Direito de Construir) e prevê a possibilidade de dispensa de seguro-garantia ou fiança bancária para o pagamento parcelado no caso de empreendimentos residenciais multifamiliares ou de uso misto com a presença do uso multifamiliar.

Outra mudança é o reposicionamento da Vila Adyana, equiparando-a ao Centro Expandido e ao Jardim Satélite. Esse instrumento leva em conta a localização e o tipo de empreendimento e busca incentivar ou desestimular o adensamento em determinadas áreas em função da infraestrutura existente ou potencial construtivo e de renovação. No texto em vigor, a Vila Adyana está enquadrada nos mesmos índices referentes ao Aquarius, que detém área ainda não loteada ou edificada.

A oposição chegou a apresentar três emendas ao texto, mas todas foram rejeitadas – duas pelas comissões permanentes e outra em plenário – e não serão encaminhadas para votação.

DISCUSSÃO.
Durante a discussão do projeto, as críticas da oposição tiveram como base, principalmente, o parecer da Assessoria Jurídica da Câmara, que apontou que o texto seria inconstitucional por não trazer os estudos técnicos que embasaram as alterações propostas, por não ter a comprovação da devida participação popular por meio de audiências públicas e por não ter sido apresentada manifestação do CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano) sobre a proposta.

“Esse projeto do prefeito atende ao interesse das construtoras e prejudica você, morador da Vila Adyana, que não foi consultado e vai ter problemas no futuro”, disse Thomaz Henrique. “Não tem estudo da capacidade de adensamento. Não tem estudo dos problemas que serão causados [na Vila Adyana]”, afirmou Walter Hayashi. “Não teve consulta pública na Vila Adyana. Os moradores vão ficar muito bravos e muito chateados”, disse Dr. José Claudio. “Ninguém respeita o parecer da Assessoria Jurídica aqui dentro”, reclamou Dulce Rita.

Já vereadores da base governista defenderam a proposta. “Cidade de primeiro mundo, hoje, verticaliza”, disse Robertinho da Padaria (Cidadania). “Foram feitas audiências públicas em diversas regiões da cidade”, afirmou Juvenil Silvério (PSD).

A Câmara de São José dos Campos aprovou nessa quinta-feira (18) o projeto do prefeito Anderson Farias (PSD) que faz alterações no Plano Diretor do município.

O texto recebeu 12 votos favoráveis e oito contrários – votaram contra os vereadores Amélia Naomi (PT), Dr. José Claudio (PSDB), Dulce Rita (PSDB), Fernando Petiti (MDB), Juliana Fraga (PT), Roberto Chagas (PL), Thomaz Henrique (Novo) e Walter Hayashi (PSC).

Aprovado em votação única, o projeto seguirá agora para a sanção do prefeito, para que as alterações virem lei.

PROJETO.
O projeto acrescenta desconto de 5% no pagamento à vista da contrapartida financeira de planejamento urbano sustentável da OODC (Outorga Onerosa do Direito de Construir) e prevê a possibilidade de dispensa de seguro-garantia ou fiança bancária para o pagamento parcelado no caso de empreendimentos residenciais multifamiliares ou de uso misto com a presença do uso multifamiliar.

Outra mudança é o reposicionamento da Vila Adyana, equiparando-a ao Centro Expandido e ao Jardim Satélite. Esse instrumento leva em conta a localização e o tipo de empreendimento e busca incentivar ou desestimular o adensamento em determinadas áreas em função da infraestrutura existente ou potencial construtivo e de renovação. No texto em vigor, a Vila Adyana está enquadrada nos mesmos índices referentes ao Aquarius, que detém área ainda não loteada ou edificada.

A oposição chegou a apresentar três emendas ao texto, mas todas foram rejeitadas – duas pelas comissões permanentes e outra em plenário – e não serão encaminhadas para votação.

DISCUSSÃO.
Durante a discussão do projeto, as críticas da oposição tiveram como base, principalmente, o parecer da Assessoria Jurídica da Câmara, que apontou que o texto seria inconstitucional por não trazer os estudos técnicos que embasaram as alterações propostas, por não ter a comprovação da devida participação popular por meio de audiências públicas e por não ter sido apresentada manifestação do CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano) sobre a proposta.

“Esse projeto do prefeito atende ao interesse das construtoras e prejudica você, morador da Vila Adyana, que não foi consultado e vai ter problemas no futuro”, disse Thomaz Henrique. “Não tem estudo da capacidade de adensamento. Não tem estudo dos problemas que serão causados [na Vila Adyana]”, afirmou Walter Hayashi. “Não teve consulta pública na Vila Adyana. Os moradores vão ficar muito bravos e muito chateados”, disse Dr. José Claudio. “Ninguém respeita o parecer da Assessoria Jurídica aqui dentro”, reclamou Dulce Rita.

Já vereadores da base governista defenderam a proposta. “Cidade de primeiro mundo, hoje, verticaliza”, disse Robertinho da Padaria (Cidadania). “Foram feitas audiências públicas em diversas regiões da cidade”, afirmou Juvenil Silvério (PSD).

3 COMENTÁRIOS

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  • Laurence Benatti
    26/05/2023
    Desde a época do Bevilacqua que os empresários da Construção Civil mandam em São José dos Campos. Não sobra um...
  • Maria Rita
    19/05/2023
    Antes de permitir a construção de mais pr´edios na Vila Adyana, sugiro que resolvam o problema das enchentes nas ruas Santa Clara, Santa Elza, Cel. João Cursino e da Praça do Sol. Quando chove um pouco mais estas ruas, ou parte delas, recebem toda a água da Av. 9 de Julho, de parte da Santa Clara, da Heitor Villa Lobos e da Av. Adhemar de Barros. Não são só as ruas ficam cheias; existem prédios cujos elevadores não funcionam e cujos moradores perdem seus carros. Caminhões passaram alguns dias retirando água da garagem de um condomínio. E a prefeitura ainda foi capaz de aprovar a instalação de uma escola nesta região. A prefeitura aprova; as construtoras constroem e vendem prédios de apartamento. Depois vão embora e deixam o problema para os moradores, que pagam um alto preço e, muitas vezes, não conseguem resolver o problema.
  • Laurence Benatti
    19/05/2023
    Convido o distinto vereador Robertinho da Padaria a visitar cidades como Amsterdã, Berlim, Londres e outras do primeiro mundo para verificar a veracidade de sua afirmação.