ILUMINAÇÃO

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Com 7 meses de 'apagão' em Taubaté, projeto que suspende taxa de luz avança na Câmara

Com 7 meses de 'apagão' em Taubaté, projeto que suspende taxa de luz avança na Câmara

Projeto da oposição prevê que cobrança deixe de ser feita enquanto serviço terceirizado de manutenção não é retomado; quase 4% das luminárias de Taubaté estão apagadas atualmente

Projeto da oposição prevê que cobrança deixe de ser feita enquanto serviço terceirizado de manutenção não é retomado; quase 4% das luminárias de Taubaté estão apagadas atualmente

Por Julio Codazzi | 12/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Taubaté

Por Julio Codazzi
Taubaté

12/05/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Divulgação/PMT

Serviço terceirizado de manutenção foi encerrado no fim de setembro de 2022

Enquanto Taubaté já está há mais de sete meses sem o serviço regular de manutenção da iluminação pública, que era executado por uma empresa terceirizada, tem avançado na Câmara o projeto da oposição que visa suspender temporariamente a cobrança da taxa de luz. Aplicada desde 2015, a CIP (Contribuição de Iluminação Pública) foi criada com a justificativa de custear justamente a manutenção da iluminação, que naquele ano passou a ser de responsabilidade dos municípios em todo o país.

Apresentado no fim de fevereiro pelo vereador Diego Fonseca (PSDB), o projeto que visa suspender a taxa de luz foi, inicialmente, alvo da blindagem da base aliada ao prefeito José Saud (MDB). Pela Comissão de Justiça e Redação, os dois primeiros vereadores a votar – os governistas Dentinho (União) e Marcelo Macedo (MDB) – se manifestaram em março contra a proposta, o que já seria suficiente para formar maioria e para barrar o projeto – pelo Regimento Interno, os textos que recebem parecer contrário dessa comissão são arquivados.

Quarenta dias depois, Macedo alterou seu voto e o projeto foi aprovado pela comissão. Na Comissão de Finanças e Orçamento, o texto recebeu parecer favorável de forma unânime – incluindo um voto governista. Agora, precisa apenas passar pela Comissão de Obras, Serviços Públicos, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente antes de ser votado em plenário.

APAGÃO.
O serviço de manutenção era executado desde setembro de 2016 pelo consórcio formado pelas empresas Ilumitech e Start. O custo anual era de R$ 3,1 milhões. O consórcio atuava diariamente com cinco equipes, sendo duas no período diurno e três no período noturno. Mas o contrato acabou no dia 30 de setembro de 2022, já que não havia mais possibilidade legal de prorrogá-lo.

Embora o fim do contrato já fosse esperado, apenas em fevereiro desse ano a Prefeitura abriu nova licitação para o serviço. O novo contrato poderia custar R$ 7,6 milhões por ano, mas no fim de março o TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinou a suspensão do certame, devido a cláusulas irregulares no edital.

Enquanto isso, a manutenção da iluminação é feita pelo próprio município, mas de forma precária – o número de equipes até passou de uma para quatro recentemente, mas o número de luminárias apagadas ainda somava 1.472 até a última semana (quase 4% do total de pontos de iluminação do município).

REPERCUSSÃO.
Questionado sobre o avanço na tramitação do projeto, o governo Saud alegou que “respeita a autonomia do Legislativo”. Antes, em março, a gestão emedebista afirmou à Câmara ser contra a suspensão da CIP, já que a receita de R$ 17 milhões por ano seria usada também para outros fins, como o consumo de energia elétrica do município e o pagamento de financiamentos para a implantação de lâmpadas de LED na cidade. A Prefeitura informou ainda que o novo edital para terceirização da manutenção será publicado até o fim de maio, mas não deu uma previsão de quando a nova empresa iniciará as atividades.

Enquanto Taubaté já está há mais de sete meses sem o serviço regular de manutenção da iluminação pública, que era executado por uma empresa terceirizada, tem avançado na Câmara o projeto da oposição que visa suspender temporariamente a cobrança da taxa de luz. Aplicada desde 2015, a CIP (Contribuição de Iluminação Pública) foi criada com a justificativa de custear justamente a manutenção da iluminação, que naquele ano passou a ser de responsabilidade dos municípios em todo o país.

Apresentado no fim de fevereiro pelo vereador Diego Fonseca (PSDB), o projeto que visa suspender a taxa de luz foi, inicialmente, alvo da blindagem da base aliada ao prefeito José Saud (MDB). Pela Comissão de Justiça e Redação, os dois primeiros vereadores a votar – os governistas Dentinho (União) e Marcelo Macedo (MDB) – se manifestaram em março contra a proposta, o que já seria suficiente para formar maioria e para barrar o projeto – pelo Regimento Interno, os textos que recebem parecer contrário dessa comissão são arquivados.

Quarenta dias depois, Macedo alterou seu voto e o projeto foi aprovado pela comissão. Na Comissão de Finanças e Orçamento, o texto recebeu parecer favorável de forma unânime – incluindo um voto governista. Agora, precisa apenas passar pela Comissão de Obras, Serviços Públicos, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente antes de ser votado em plenário.

APAGÃO.
O serviço de manutenção era executado desde setembro de 2016 pelo consórcio formado pelas empresas Ilumitech e Start. O custo anual era de R$ 3,1 milhões. O consórcio atuava diariamente com cinco equipes, sendo duas no período diurno e três no período noturno. Mas o contrato acabou no dia 30 de setembro de 2022, já que não havia mais possibilidade legal de prorrogá-lo.

Embora o fim do contrato já fosse esperado, apenas em fevereiro desse ano a Prefeitura abriu nova licitação para o serviço. O novo contrato poderia custar R$ 7,6 milhões por ano, mas no fim de março o TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinou a suspensão do certame, devido a cláusulas irregulares no edital.

Enquanto isso, a manutenção da iluminação é feita pelo próprio município, mas de forma precária – o número de equipes até passou de uma para quatro recentemente, mas o número de luminárias apagadas ainda somava 1.472 até a última semana (quase 4% do total de pontos de iluminação do município).

REPERCUSSÃO.
Questionado sobre o avanço na tramitação do projeto, o governo Saud alegou que “respeita a autonomia do Legislativo”. Antes, em março, a gestão emedebista afirmou à Câmara ser contra a suspensão da CIP, já que a receita de R$ 17 milhões por ano seria usada também para outros fins, como o consumo de energia elétrica do município e o pagamento de financiamentos para a implantação de lâmpadas de LED na cidade. A Prefeitura informou ainda que o novo edital para terceirização da manutenção será publicado até o fim de maio, mas não deu uma previsão de quando a nova empresa iniciará as atividades.

1 COMENTÁRIOS

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  • Sodinei Alves de campos
    13/05/2023
    Isso que dá entregar a cidade nas mãos de amadores. São 4 anos de atraso.