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HISTÓRIA
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Descoberta do Caminho do Ouro Paulista repercute entre historiadores e intelectuais
Descoberta do Caminho do Ouro Paulista repercute entre historiadores e intelectuais
Pesquisadores de Taubaté descobrem o mais antigo caminho que levava o ouro de Minas Gerais até Paraty, passando pelo Vale
Pesquisadores de Taubaté descobrem o mais antigo caminho que levava o ouro de Minas Gerais até Paraty, passando pelo Vale
Por Xandu Alves | 09/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos
Divulgação
Destaque na edição do Documento OVALE sobre Mobilidade, publicada no último final de semana, a história da descoberta do Caminho do Ouro Paulista repercutiu por todo o Brasil, surpreendendo historiadores, pesquisadores e intelectuais, que não conheciam a rota histórica no Vale do Paraíba.
A reportagem especial contou detalhes da descoberta que pesquisadores de Taubaté fizeram de um caminho do ouro ainda mais antigo do que a conhecida Estrada Real, que teria sido cruzado pela primeira vez em 1596, no final do século 16.
A rota derivava de trilhas indígenas e foi usada para levar o ouro de Minas Gerais até o Porto de Paraty, no Rio de Janeiro, a partir de uma casa de fundição em Taubaté, cruzando outras cidades do Vale.
Batizado de Caminho do Ouro Paulista, a estrada foi descoberta pela paleógrafa Lia Carolina Mariotto, em 2008, que trabalhou no Arquivo Histórico de Taubaté por 30 anos. Ela encontrou relatos do caminho desconhecido analisando documentos de 1600 e 1700.
O caminho já era conhecido, ao menos por histórias orais contadas pelos mais velhos, pelo pesquisador e guia de turismo Silésio Francisco Tomé, que trabalha há quase 50 anos com o caminho dos Sertões de Taubaté.
Para completar o trio, a jornalista, produtora de audiovisual e ativista cultural Cláudia Perroni entrou no grupo para lutar pelo reconhecimento oficial do Caminho do Ouro Paulista, começando pelas cidades onda a rota passa – Taubaté, Pindamonhangaba, Cunha e Lagoinha – e pelo governo estadual.
Em 20 de março de 2019, eles juntaram um grupo de peregrinos para refazer o caminho do ouro. Começaram pela Igreja Nossa Senhora dos Remédios, em Paraty, na beira do mar, e partiram em direção a Taubaté. Foram três dias de viagem e 120 km percorridos.
REPERCUSSÃO
No sábado (4), após a publicação da reportagem de OVALE (leia aqui), Lia Mariotto disse que começou a receber diversas mensagens de várias partes do país, de Norte a Sul, de historiadores, pesquisadores e intelectuais para quem ela enviou a história.
“Parabéns, Lia, e para quem organizou essa exposição maravilhosa. Essa informação é totalmente desconhecida, mas é uma história muito importante”, disse a professora Lucila Sgarbi dos Santos, da Academia de Letras de Sorocaba e promotora do Seminário Nacional do Tropeirismo, que deve ter nova edição em 2024.
“Mandei para várias pessoas aqui de Taubaté, Minas Gerais e Rondônia e todos adoraram a reportagem. Os amigos de Rondônia, que são vários, fizeram faculdade em Taubaté porque alguns anos atrás Rondônia não tinha faculdades e muitos vieram estuda em Taubaté”, contou Norma Suely Kurohiji.
“Orgulhoso de você, minha querida amiga. Você é referência pra todos nós. Trabalho lindo e importância para nossa História”, afirmou o advogado José Antônio Chicarino, de Taubaté.
Carlos Alberto de Souza, secretário de Segurança Pública de Taubaté e membro da Academia Literária de Sorocaba, classificou a descoberta como: “Espetacular”.
“Finalmente a pesquisa do Antigo Caminho do Ouro Paulista está recebendo a merecida divulgação, tanto pela importância histórica quanto pelo belíssimo trabalho de pesquisa realizado pela Lia Mariotto. Espero que os dirigentes das cidades envolvidas tenham visão para enxergar a importância do Caminho”, disse Claudia Boal Pereira.
“Sou um grande apreciador e divulgador do Antigo Caminho do Ouro Paulista. Hoje estou morando em Manaus. Sigo na torcida pelo pleno reconhecimento do Antigo Caminho do Ouro Paulista”, afirmou Marcelo Lima.
Carlos Roberto Solera, membro da Academia de Letras de Sorocaba e da Rede Tropeiros, disse que o trabalho da pesquisadora é “persistente” e que, “junto com Claudinha e Silésio, torna-se reconhecido”. E completou: “E nossa história fica mais rica”.
Moradora do Vale, Maiene de Fátima Furquim da Silva agradeceu por também ‘descobrir’ a rota histórica: “Eu não sabia desse caminho. E passa aqui pertinho. Parabéns pela pesquisa e por resgatar essa parte da nossa história. Emocionante”.
“Que matéria louvável, minha amiga. Parabéns! Fiquei até conjecturando, qual dos Bandeirantes terá sido você em reencarnações passadas? E voltou para reavivar a História? Bravo! Bravíssimo”, disse Márcia Sanchez.
Para Lia Mariotto, a repercussão foi maior do que ela própria esperava. “Achei interessante a surpresa dos taubateanos em não conhecerem a história da terra. Os elogios são bons, mas o mais importante foi a repercussão da reportagem: Sorocaba, Manaus, Rondônia, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Isso foi uma bela surpresa”, disse a paleógrafa.
Destaque na edição do Documento OVALE sobre Mobilidade, publicada no último final de semana, a história da descoberta do Caminho do Ouro Paulista repercutiu por todo o Brasil, surpreendendo historiadores, pesquisadores e intelectuais, que não conheciam a rota histórica no Vale do Paraíba.
A reportagem especial contou detalhes da descoberta que pesquisadores de Taubaté fizeram de um caminho do ouro ainda mais antigo do que a conhecida Estrada Real, que teria sido cruzado pela primeira vez em 1596, no final do século 16.
A rota derivava de trilhas indígenas e foi usada para levar o ouro de Minas Gerais até o Porto de Paraty, no Rio de Janeiro, a partir de uma casa de fundição em Taubaté, cruzando outras cidades do Vale.
Batizado de Caminho do Ouro Paulista, a estrada foi descoberta pela paleógrafa Lia Carolina Mariotto, em 2008, que trabalhou no Arquivo Histórico de Taubaté por 30 anos. Ela encontrou relatos do caminho desconhecido analisando documentos de 1600 e 1700.
O caminho já era conhecido, ao menos por histórias orais contadas pelos mais velhos, pelo pesquisador e guia de turismo Silésio Francisco Tomé, que trabalha há quase 50 anos com o caminho dos Sertões de Taubaté.
Para completar o trio, a jornalista, produtora de audiovisual e ativista cultural Cláudia Perroni entrou no grupo para lutar pelo reconhecimento oficial do Caminho do Ouro Paulista, começando pelas cidades onda a rota passa – Taubaté, Pindamonhangaba, Cunha e Lagoinha – e pelo governo estadual.
Em 20 de março de 2019, eles juntaram um grupo de peregrinos para refazer o caminho do ouro. Começaram pela Igreja Nossa Senhora dos Remédios, em Paraty, na beira do mar, e partiram em direção a Taubaté. Foram três dias de viagem e 120 km percorridos.
REPERCUSSÃO
No sábado (4), após a publicação da reportagem de OVALE (leia aqui), Lia Mariotto disse que começou a receber diversas mensagens de várias partes do país, de Norte a Sul, de historiadores, pesquisadores e intelectuais para quem ela enviou a história.
“Parabéns, Lia, e para quem organizou essa exposição maravilhosa. Essa informação é totalmente desconhecida, mas é uma história muito importante”, disse a professora Lucila Sgarbi dos Santos, da Academia de Letras de Sorocaba e promotora do Seminário Nacional do Tropeirismo, que deve ter nova edição em 2024.
“Mandei para várias pessoas aqui de Taubaté, Minas Gerais e Rondônia e todos adoraram a reportagem. Os amigos de Rondônia, que são vários, fizeram faculdade em Taubaté porque alguns anos atrás Rondônia não tinha faculdades e muitos vieram estuda em Taubaté”, contou Norma Suely Kurohiji.
“Orgulhoso de você, minha querida amiga. Você é referência pra todos nós. Trabalho lindo e importância para nossa História”, afirmou o advogado José Antônio Chicarino, de Taubaté.
Carlos Alberto de Souza, secretário de Segurança Pública de Taubaté e membro da Academia Literária de Sorocaba, classificou a descoberta como: “Espetacular”.
“Finalmente a pesquisa do Antigo Caminho do Ouro Paulista está recebendo a merecida divulgação, tanto pela importância histórica quanto pelo belíssimo trabalho de pesquisa realizado pela Lia Mariotto. Espero que os dirigentes das cidades envolvidas tenham visão para enxergar a importância do Caminho”, disse Claudia Boal Pereira.
“Sou um grande apreciador e divulgador do Antigo Caminho do Ouro Paulista. Hoje estou morando em Manaus. Sigo na torcida pelo pleno reconhecimento do Antigo Caminho do Ouro Paulista”, afirmou Marcelo Lima.
Carlos Roberto Solera, membro da Academia de Letras de Sorocaba e da Rede Tropeiros, disse que o trabalho da pesquisadora é “persistente” e que, “junto com Claudinha e Silésio, torna-se reconhecido”. E completou: “E nossa história fica mais rica”.
Moradora do Vale, Maiene de Fátima Furquim da Silva agradeceu por também ‘descobrir’ a rota histórica: “Eu não sabia desse caminho. E passa aqui pertinho. Parabéns pela pesquisa e por resgatar essa parte da nossa história. Emocionante”.
“Que matéria louvável, minha amiga. Parabéns! Fiquei até conjecturando, qual dos Bandeirantes terá sido você em reencarnações passadas? E voltou para reavivar a História? Bravo! Bravíssimo”, disse Márcia Sanchez.
Para Lia Mariotto, a repercussão foi maior do que ela própria esperava. “Achei interessante a surpresa dos taubateanos em não conhecerem a história da terra. Os elogios são bons, mas o mais importante foi a repercussão da reportagem: Sorocaba, Manaus, Rondônia, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Isso foi uma bela surpresa”, disse a paleógrafa.
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