Um portal afiliado à rede

27 de março de 2023

ELEITOS

ELEITOS

‘Área de risco exige ação de urgência’, diz o deputado federal Fernando Marangoni

‘Área de risco exige ação de urgência’, diz o deputado federal Fernando Marangoni

Ex-secretário de Habitação do estado, Marangoni critica prefeito de São Sebastião por não ter assinado convênio de moradias para Vila Sahy

Ex-secretário de Habitação do estado, Marangoni critica prefeito de São Sebastião por não ter assinado convênio de moradias para Vila Sahy

Por Xandu Alves | 04/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos

Por Xandu Alves
São José dos Campos

04/03/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Divulgação

Deputado federal Fernando Marangoni

Eleito deputado federal pelo União Brasil, Fernando Marangoni quer fazer do desenvolvimento sustentável sua principal bandeira. Já conseguiu assinaturas para criar a Frente Parlamentar do Desenvolvimento Sustentável e Habitação.

Marangoni critica a Prefeitura de São Sebastião por não ter assinado, em agosto de 2022, convênio com o governo estadual para construir moradias e tirar famílias de área de risco na Vila Sahy. “Espero que agora saia logo”, disse. Confira.

Que avaliação e lição tirar da tragédia em São Sebastião?
A avaliação é a mais lamentável possível. A gente vem vivendo todos os verões sucessivas tragédias. E nesse, o índice de chuva foi brutal com relação ao passado. Segundo o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a chuva causou uma fluidificação no solo nessas áreas sujeitas a deslizamento e tivemos essa terrível tragédia dessa magnitude. São Sebastião tem mapeados 52 pontos de deslizamento em 21 bairros, segundo o próprio IPT, em estudo de 2019.
Temos que tirar dois aspectos dessa tragédia. Primeiro a prevenção, que está diretamente ligada à habitação, saneamento, infraestrutura e obras de drenagem. Investimentos têm que ser feitos maciçamente no Litoral Norte para urbanização desses núcleos e reassentar essas famílias em áreas de risco. Tem que ter novas produções de moradias. Precisamos trabalhar muito sério no Brasil em um planejamento urbano ordenado. Propusemos na Câmara a criação da Frente Parlamentar de Desenvolvimento Sustentável e Habitação. Temos que fazer uma força-tarefa para fazer esses investimentos.
E reavaliar a nossa legislação federal que é a lei nacional de proteção e Defesa Civil. Estamos colhendo assinaturas para alterar essa lei e dar mais mecanismos para que os municípios possam agir mais rapidamente. Também que agir na repressão quando acontecer esses eventos.

Como romper o círculo vicioso de o país passar de tragédia a outra sem resolver?
Essa é uma grande verdade. Temos muitas áreas de risco, muitas delas com alto risco constatado pela Defesa Civil. A equipe do presidente Lula disse que há mais de 14 mil áreas de risco mapeadas no Brasil. O risco exige ação de urgência. Precisamos trazer isso para discussão e enfrentar essas áreas de forma resolutiva e com novas metodologias.
Há intervenções que tiram o risco, e onde for possível fazer isso, deve ser feito. Mas também a produção de habitação que temos que tirar essas famílias das áreas de risco. Muito investimento em obras de engenharia, de habitação mais seguras e dignas dentro da malha urbana, um planejamento urbano contínuo e de longo prazo e medidas para atuar quando essas tragédias acontecerem. Temos que aparelhar os municípios para agir nesses momentos. Chegou a hora de enfrentar esses problemas de uma vez por todas e prevenir e evitar que esses desastres continuem a acontecer.

O prefeito de São Sebastião não assinou um convênio de habitação em agosto de 2022 para tirar famílias de áreas de risco?
Enquanto era secretário executivo do Estado, retomamos o projeto de habitação da Vila Sahy, em São Sebastião. Fizemos o convênio, separamos os recursos para desapropriação de área bem ao lado da Vila Sahy para produzir 80 moradias e mais 28 em outra área dentro do bairro, num total de 108 moradias para família que já estavam mapeadas pelo governo do Estado. O processo foi concluído em agosto do ano passado e o convênio enviado para a Prefeitura de São Sebastião, mas não foi assinado até hoje. Não há razão para isso, uma vez que o investimento seria todo do Estado. Para mim, essa é uma tragédia claramente anunciada.
O que esperamos como deputado é que seja assinado esse convênio para dar andamento a essas obras. Propusemos a frente parlamentar e vamos buscar reuniões com ministros e secretários executivos para auxiliar as cidades a buscar recursos para fazer as obras que precisam ser feitas. Como deputado, vamos tentar buscar recursos para evitar essas tragédias.

Eleito deputado federal pelo União Brasil, Fernando Marangoni quer fazer do desenvolvimento sustentável sua principal bandeira. Já conseguiu assinaturas para criar a Frente Parlamentar do Desenvolvimento Sustentável e Habitação.

Marangoni critica a Prefeitura de São Sebastião por não ter assinado, em agosto de 2022, convênio com o governo estadual para construir moradias e tirar famílias de área de risco na Vila Sahy. “Espero que agora saia logo”, disse. Confira.

Que avaliação e lição tirar da tragédia em São Sebastião?
A avaliação é a mais lamentável possível. A gente vem vivendo todos os verões sucessivas tragédias. E nesse, o índice de chuva foi brutal com relação ao passado. Segundo o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a chuva causou uma fluidificação no solo nessas áreas sujeitas a deslizamento e tivemos essa terrível tragédia dessa magnitude. São Sebastião tem mapeados 52 pontos de deslizamento em 21 bairros, segundo o próprio IPT, em estudo de 2019.
Temos que tirar dois aspectos dessa tragédia. Primeiro a prevenção, que está diretamente ligada à habitação, saneamento, infraestrutura e obras de drenagem. Investimentos têm que ser feitos maciçamente no Litoral Norte para urbanização desses núcleos e reassentar essas famílias em áreas de risco. Tem que ter novas produções de moradias. Precisamos trabalhar muito sério no Brasil em um planejamento urbano ordenado. Propusemos na Câmara a criação da Frente Parlamentar de Desenvolvimento Sustentável e Habitação. Temos que fazer uma força-tarefa para fazer esses investimentos.
E reavaliar a nossa legislação federal que é a lei nacional de proteção e Defesa Civil. Estamos colhendo assinaturas para alterar essa lei e dar mais mecanismos para que os municípios possam agir mais rapidamente. Também que agir na repressão quando acontecer esses eventos.

Como romper o círculo vicioso de o país passar de tragédia a outra sem resolver?
Essa é uma grande verdade. Temos muitas áreas de risco, muitas delas com alto risco constatado pela Defesa Civil. A equipe do presidente Lula disse que há mais de 14 mil áreas de risco mapeadas no Brasil. O risco exige ação de urgência. Precisamos trazer isso para discussão e enfrentar essas áreas de forma resolutiva e com novas metodologias.
Há intervenções que tiram o risco, e onde for possível fazer isso, deve ser feito. Mas também a produção de habitação que temos que tirar essas famílias das áreas de risco. Muito investimento em obras de engenharia, de habitação mais seguras e dignas dentro da malha urbana, um planejamento urbano contínuo e de longo prazo e medidas para atuar quando essas tragédias acontecerem. Temos que aparelhar os municípios para agir nesses momentos. Chegou a hora de enfrentar esses problemas de uma vez por todas e prevenir e evitar que esses desastres continuem a acontecer.

O prefeito de São Sebastião não assinou um convênio de habitação em agosto de 2022 para tirar famílias de áreas de risco?
Enquanto era secretário executivo do Estado, retomamos o projeto de habitação da Vila Sahy, em São Sebastião. Fizemos o convênio, separamos os recursos para desapropriação de área bem ao lado da Vila Sahy para produzir 80 moradias e mais 28 em outra área dentro do bairro, num total de 108 moradias para família que já estavam mapeadas pelo governo do Estado. O processo foi concluído em agosto do ano passado e o convênio enviado para a Prefeitura de São Sebastião, mas não foi assinado até hoje. Não há razão para isso, uma vez que o investimento seria todo do Estado. Para mim, essa é uma tragédia claramente anunciada.
O que esperamos como deputado é que seja assinado esse convênio para dar andamento a essas obras. Propusemos a frente parlamentar e vamos buscar reuniões com ministros e secretários executivos para auxiliar as cidades a buscar recursos para fazer as obras que precisam ser feitas. Como deputado, vamos tentar buscar recursos para evitar essas tragédias.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.

Ainda não é assinante?

Clique aqui para fazer a assinatura e liberar os comentários no site.