Ao contrário do que desejou essa parcela que representou forças antagônicas, a Magistratura se viu reforçada e inicia 2023 com ânimo e vigor. Seus membros se empenharão para separar os radicais das pessoas que efetivamente buscam um debate. O bem ou o mal não se relacionam à convicção política, de modo que o associativismo se esforçará em estabelecer o diálogo com a população, fortalecendo cada vez mais as instituições.

O cenário político renovado, por sua vez, não altera o trabalho associativo. O papel de entidades como as de juízes, de servidores judiciais e de diversas outras categorias profissionais é, na verdade, a interlocução com os Poderes.

No caso específico da Magistratura, essas ações visam a um reforço sem aspirações corporativistas, mas com o objetivo de garantir ao cidadão sua última trincheira para fazer valer seus direitos – a Justiça.

Uma sociedade livre e bem-sucedida requer magistrados independentes, que prezem pelas leis e pela Constituição acima de quaisquer pretensões individuais. O atual objetivo das associações é construir o diálogo com as novas gestões para, juntas, consolidarem a comunicação entre os diferentes agentes sociais, de norte a sul do país. Este será o caminho para que todos se debrucem sobre a construção de parcerias e de projetos em comum.

Uma vez que a Justiça é a instância final de garantia dos direitos do cidadão, a reafirmação da democracia assegura a independência dos três Poderes e atesta a confiança que todos os brasileiros podem depositar na Magistratura.