28 de dezembro de 2025
LUTO

Brigitte Bardot, lenda do cinema francês, morre aos 91 anos

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Brigitte Bardot participou de cerca de 50 produções; também atuou como cantora e modelo

A atriz francesa Brigitte Bardot faleceu neste domingo (28), aos 91 anos. A confirmação foi feita pela Fundação Brigitte Bardot, instituição que ela presidia. A causa da morte não foi informada.

Nascida em 28 de setembro de 1934, em Paris, Bardot alcançou projeção internacional muito jovem e tornou-se um dos rostos mais reconhecidos do cinema mundial. A consagração veio com E Deus Criou a Mulher, dirigido por Roger Vadim, então seu marido, obra que a transformou em símbolo de sensualidade e liberdade.

No longa, a atriz dança mambo descalça, com os cabelos soltos, uma das cenas mais comentadas e que causou escândalo à época e ajudou a redefinir padrões de comportamento e estética nos anos 1960. Ao longo da carreira, Bardot participou de cerca de 50 produções e também atuou como cantora e modelo, figurando entre as personalidades mais fotografadas de sua geração.

Na década de 1960, consolidou prestígio artístico em títulos como A Verdade, de Henri-Georges Clouzot, e O Desprezo, de Jean-Luc Godard. Também esteve em produções como Viva Maria!, de Louis Malle, ao lado de Jeanne Moreau; O Repouso do Guerreiro; e As Petroleiras, contracenando com Claudia Cardinale.

A formação artística começou cedo: aos 13 anos, Bardot iniciou estudos de balé clássico e, aos 15, passou a trabalhar como modelo, etapa que abriu caminho para o cinema.

Fora das telas, sua imagem pública sempre esteve associada à quebra de convenções. Em 1953, chamou atenção ao usar biquíni no Festival de Cannes e, anos depois, causou impacto ao comparecer ao Palácio do Eliseu vestindo calças, gesto pouco usual para mulheres em eventos oficiais da época.

Em 1967, lançou-se também como cantora. Em parceria com Serge Gainsbourg, gravou canções que se tornaram populares na França, como “Harley Davidson” e “Bonnie and Clyde”.

Aos 38 anos, em 1973, Bardot abandonou definitivamente a atuação para se dedicar integralmente à causa animal. Criou a Fundação que leva seu nome, referência internacional no combate à crueldade e à exploração de animais, com campanhas e ações em diversos países.

Em 2024, em entrevista à agência France Presse, afirmou: “Tenho muito orgulho da primeira parte da minha vida, que foi um sucesso e que agora me permite ter uma fama mundial, que me ajuda muito na proteção dos animais”.

Questionada certa vez sobre quem poderia interpretá-la no cinema, respondeu sem hesitar: “Nenhuma. Não há uma capaz”. E completou: “O que falta? Minha personalidade”.