27 de dezembro de 2025
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Campinas terá escola de educação ambiental em Joaquim Egídio

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMC
Prefeitura planeja unidade-piloto em Joaquim Egídio voltada à educação ambiental e climática para alunos do ensino fundamental

Secretaria de Educação de Campinas planeja a implantação de uma escola com espaço inédito dedicado à educação ambiental e climática no distrito de Joaquim Egídio. A proposta prevê o início das obras até o segundo semestre de 2026, em terreno próprio do município, e funcionará como projeto-piloto, com atendimento direto e também visitação de estudantes do ensino fundamental 1 e 2, na faixa etária de 6 a 14 anos.

A iniciativa busca ampliar e qualificar a educação ambiental na rede municipal, que hoje reúne cerca de 18,2 mil alunos no ensino fundamental. A futura unidade ficará localizada na rua Dr. Heitor Penteado, em uma área inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) de Campinas, considerada estratégica pela riqueza ambiental e pela preservação da biodiversidade.

Segundo a secretária de Educação, Patrícia Adolf Lutz, o projeto vai além da sala de aula tradicional. “O objetivo é oferecer às escolas um lugar de encontro entre pessoas, saberes e natureza. Em meio às mudanças climáticas, aprender também é cuidar, sentir e compartilhar”, afirmou.

Planejamento e conceito pedagógico

O planejamento da nova escola está em elaboração e considera critérios de sustentabilidade e baixo impacto ambiental, como reúso de água, energia solar, ventilação natural, integração à paisagem e preservação de árvores nativas. A proposta também prevê acessibilidade, inclusão e uso de materiais ecoeficientes, além da valorização do ciclo de vida das construções.

A unidade deverá funcionar como um espaço vivo de aprendizagem, integrando natureza, cultura e pedagogia, com foco em práticas ambientais, ciência, alimentação saudável e convivência.

Entre os ambientes internos previstos estão cozinha e refeitório, banheiros acessíveis, espaço multimídia, biblioteca socioambiental e equipamentos de observação científica, como microscópios e lupas.

No entorno externo, o projeto contempla horta colaborativa, canteiros de ervas medicinais, composteira, meliponário, áreas de descanso, espaços de interação com água e parque naturalizado, além de um minimuseu a céu aberto para exposições e atividades educativas. A proposta também incorpora referências da agroecologia, da agrofloresta e de saberes tradicionais, como os quilombolas e indígenas.

Atualmente, Campinas conta com sete centros de educação ambiental, administrados por diferentes instituições. Com o novo projeto, a Secretaria de Educação pretende criar um espaço exclusivo para fortalecer as políticas pedagógicas ambientais voltadas diretamente às unidades de ensino da rede municipal.