A Justiça manteve a prisão de Carla Cristina Sant’Anna da Silva de Souza, de 24 anos, agente de serviços gerais, acusada de matar o próprio marido com golpes de faca no último sábado (20), em Araçatuba. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada no domingo (22).
Com a manutenção da prisão preventiva, Carla foi encaminhada à Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, onde deverá permanecer presa até o julgamento do processo, respondendo por homicídio consumado, conforme o artigo 121 do Código Penal.
A vítima foi identificada como Sérgio Henrique Patez Lemos, de 26 anos, motoboy. Ele chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado à Santa Casa de Araçatuba, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o boletim de ocorrência elaborado pela Polícia Civil, o Judiciário entendeu que, neste momento processual, não há elementos suficientes para o reconhecimento de legítima defesa, mantendo a prisão diante da gravidade dos fatos e da materialidade do crime. Carla foi acompanhada por um advogado desde o flagrante. A reportagem tentou contato com a defesa para comentar o caso, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
O crime ocorreu no Condomínio Maria Rossini, localizado na Rua Conde Zepelin, no bairro Jardim Universo. Segundo a versão apresentada inicialmente à polícia, o casal teria se envolvido em uma discussão dentro do apartamento.
Carla relatou que teria sido agredida e enforcada pelo marido enquanto segurava a filha do casal, de quatro anos. Temendo pela própria vida e pela da criança, ela afirmou que correu até a cozinha, pegou uma faca e, quando o marido teria avançado novamente, desferiu um golpe na região do tórax.
Sérgio foi socorrido, mas morreu posteriormente no hospital. Durante a ocorrência, a Polícia Militar também localizou uma porção de maconha com a acusada, que afirmou que a droga pertenceria ao marido. O boletim foi posteriormente atualizado de tentativa de homicídio para homicídio consumado, após a confirmação da morte.
O caso segue agora sob responsabilidade da Justiça, que dará andamento ao processo criminal até o julgamento definitivo.