Um princípio de incêndio em um ventilador de teto mobilizou o Corpo de Bombeiros em Caraguatatuba no último sábado (20).
Embora o incidente tenha sido controlado rapidamente por funcionários do local, o caso acende um alerta sobre riscos recorrentes em imóveis de veraneio que, em geral, não observam a qualidade das instalações elétricas.
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O cenário é detalhado pelo estudo "Panorama das Instalações Elétricas Residenciais Brasileiras (2025)", publicado pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade).
A pesquisa revela que 11,5% das residências no Brasil já registraram incêndios de origem elétrica, sendo que imóveis de aluguel representam 6,9% desse total.
De acordo com o levantamento, 36,7% das residências brasileiras nunca passaram por uma reforma elétrica.
Em cidades litorâneas, a situação é agravada pela maresia e pelos longos períodos em que as casas permanecem fechadas, o que acelera a corrosão dos componentes. A falha no ventilador em Caraguatatuba ilustra o perigo de operar aparelhos de alto consumo, como ar-condicionado e micro-ondas, em fiações antigas.
A Abracopel alerta ainda que 76% dos cabos elétricos no mercado estão fora das normas técnicas, fator que, somado ao uso de adaptadores ("benjamins"), provoca o superaquecimento da rede.
Para garantir uma estadia segura, especialistas recomendam atenção aos seguintes sinais:
Em contratos de longo prazo, a orientação é exigir o projeto elétrico ou um laudo de conformidade técnica.
A manutenção preventiva é o principal fator para evitar que pequenas falhas se transformem em incêndios estruturais graves.