A Polícia Civil de Birigui identificou a vítima do homicídio registrado na manhã dessa quarta-feira (3), em um terreno baldio da Vila Xavier. O corpo de Felipe de Sousa Teixeira, 33 anos, que havia informado às autoridades ser morador de rua, foi encontrado por volta das 10h45 por moradores da região.
A investigação, conduzida pelo 1º Distrito Policial com apoio da Polícia Militar, levou à prisão em flagrante de um homem de 46 anos, também morador de rua, que possui extenso histórico criminal. Ele foi o único detido. A mulher que o acompanhava foi ouvida e qualificada como testemunha.
Segundo a Polícia Civil, todos os envolvidos no episódio - incluindo a mulher que acompanhava o suspeito - declararam não possuir residência fixa.
Imagens de câmeras de segurança e depoimentos obtidos enquanto o local era periciado indicaram a presença de um casal no momento das agressões. Pouco depois, às 12h32, a PM apresentou o suspeito e uma mulher de 31 anos, que estavam juntos quando deixaram o ponto do crime.
A investigação, porém, concluiu que a mulher não teve participação na morte. Segundo o delegado titular, Ícaro Oliveira Borges, ela estava no local consumindo drogas com o grupo, mas não praticou nem incentivou as agressões, razão pela qual não foi autuada.
De acordo com o apurado, a vítima e outras pessoas estavam no terreno baldio consumindo drogas ilícitas quando teve início uma discussão sobre uma suposta dívida de R$ 100 atribuída ao suspeito. Ao admitir que havia comentado o assunto, a vítima foi atacada.
A Polícia Civil descreve que o homem utilizou uma faca, que se quebrou durante as agressões, e em seguida pedaços de vidro, provocando cerca de 11 ferimentos. Depois, tomou uma pedra de aproximadamente 10 quilos, que teria sido usada para esmagar o crânio da vítima, causando o traumatismo fatal.
O suspeito foi encontrado logo depois, deitado em um terreno baldio na rua Estados Unidos, tentando se esconder. Ele havia trocado de camiseta para confundir a identificação, mas carregava em sua mochila uma blusa azul suja de sangue, apontada pelas câmeras como a mesma usada no momento do crime.
O detido permaneceu em silêncio durante o interrogatório e aparentava estar sob efeito de substâncias psicoativas. A Polícia Civil representou pela conversão da prisão em preventiva, dada a violência do ataque e o risco de fuga.
O delegado destacou que o conjunto de provas - imagens, testemunhos, vestimentas, materialidade e localização imediata do suspeito - sustenta a responsabilização do suspeito. Ele permanece preso a disposição da justiça.
O inquérito segue em andamento e será concluído pela Polícia Civil nos próximos dias.