A Polícia Federal identificou mais de R$ 11 milhões movimentados em 3,4 mil depósitos fracionados entre os investigados da Operação Copia e Cola, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos). Os dados constam em documentos obtidos pelo G1 e pela TV TEM.
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Segundo o relatório da PF, os valores eram transferidos via contratos falsos de publicidade firmados pela empresa 2M Comunicação e Assessoria, da primeira-dama Sirlange Rodrigues Frate. A investigação aponta que os pagamentos foram feitos com dinheiro de origem ilícita, repassado pela Igreja Cruzada dos Milagres dos Filhos de Deus.
O cunhado do prefeito, Josivaldo Batista de Souza, recebeu 2.221 depósitos, somando cerca de R$ 2,9 milhões, enquanto o empresário Marco Mott movimentou R$ 6,5 milhões. A PF afirma que os repasses seguiam um padrão: depósitos em espécie na conta de Josivaldo, seguidos por transferências à igreja, que então repassava o mesmo valor à empresa de Sirlange.
Além da movimentação financeira, os investigadores encontraram uma “contabilidade paralela” com anotações de propinas ligadas a contratos públicos e despesas pessoais do núcleo familiar do prefeito.
Ao G1, a defesa de Manga alegou que a operação é “nula e ilegal”. Os advogados de Sirlange afirmam que as transações são lícitas e devidamente declaradas. As demais partes citadas não se manifestaram até a publicação da reportagem.