Uma mulher de Taubaté conheceu, pelo TikTok, um suposto executivo estrangeiro — apresentado como “William”, que se dizia “gerente de petróleo e gás no Reino Unido”. A conversa migrou para o WhatsApp e, após semanas de contato, o homem prometeu “doar” 100 mil libras à vítima.
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Para liberar o dinheiro, golpistas se passaram por uma casa de remessas chamada “Brasil Centro Remessa de Dinheiro” e exigiram taxas. Diante de ameaças (incluindo a divulgação de vídeo íntimo), a vítima pagou duas transferências que somam R$ 13.684 e bloqueou os contatos quando pediram mais R$ 14,7 mil. A Polícia Civil registrou o caso como extorsão.
Do TikTok ao WhatsApp. O perfil “William” diz morar no Reino Unido e fornece número com DDI +44. O relacionamento evolui para conversas de rotina e troca de confiança.
A promessa-isca. O golpista promete 100 mil libras (quase R$ 700 mil) de “doação” e afirma que o valor já estaria reservado para a vítima numa empresa de remessas. Logo em seguida, alguém se apresentando como funcionário da “Brasil Centro Remessa de Dinheiro” envia mensagens a partir de número brasileiro.
A primeira taxa. Para “converter libras em reais”, cobram R$ 5.584. Diante da pressão, a vítima faz a transferência (TED).
A chantagem (extorsão). Entra em cena um “advogado” de William (número com DDI +234), que ameaça publicar vídeo íntimo caso a taxa não seja paga. A vítima cede.
A segunda taxa. Mais um pedido: R$ 8.100 para “finalizar a transferência”. A vítima paga novamente. Total já perdido: R$ 13.684.
O golpe tenta se alongar. Depois do formulário de “cadastro”, cobram mais R$ 14,7 mil para “obter a assinatura do advogado”. A vítima desconfia, não paga e bloqueia os contatos.
O caso foi registrado como extorsão — crime consumado quando alguém constrange outrem, mediante violência ou grave ameaça, com intuito de obter vantagem econômica. Ameaçar divulgar vídeo íntimo para forçar pagamento se enquadra nesse tipo penal. A investigação tramita na Delegacia de Polícia da área do fato.