13 de dezembro de 2025
VISITA

Arcebispo diz que vai a Roma convidar papa para visitar Aparecida

Por Xandu Alves | Aparecida
| Tempo de leitura: 3 min
Leandro Berti/OVALE
Dom Orlando Brandes durante missa no Santuário Nacional de Aparecida

Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, disse que vai a Roma, na Itália, convidar o papa Leão 14 para visitar Aparecida. A data da viagem não foi divulgada. Ele será acompanhado do reitor do Santuário Nacional de Aparecida, padre Eduardo Catalfo.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp

Brandes falou sobre o assunto em entrevista coletiva após a missa solene da Festa de Nossa Senhora Aparecida, na manhã deste domingo (12), no Santuário Nacional, que contou com a presença do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB).

“O papa já esteve no Brasil quando ele era padre. Ele conhece bem a nossa realidade. Ele foi convidado para a COP 30, mas como ele tem outros compromissos, já marcou uma viagem agora para a Turquia, certamente não poderá vir ao Brasil. Mas nós iremos a Roma”, disse Brandes.

“Já foram feitos tantos convites para ele vir ao Brasil, mas um papa novo recebe milhares de convites. Nós vamos fazer o nosso mais uma vez, porque o presidente da CNBB já fez, outros arcebispos e cardeais já fizeram e nós vamos lá ser recebidos pelo papa e em nome da Mãe Aparecida, convidá-lo a vir ao Santuário e, claro, abençoar o povo brasileiro”, afirmou Brandes.

Ele também falou sobre a importância de votar, da democracia e de quanto o ódio e a divisão só atrapalham o país.

“O voto é uma grande benção. É o exercício da cidadania. É o poder do povo, é a democracia. Então, os que foram eleitos pelos votos do povo devem, vamos dizer assim, olhar com mais carinho àqueles que os elegeram. O grande pedido da sociedade de todos nós, da doutrina social da igreja, é que o povo seja ouvido. O povo que votou tem direito. E os seus eleitos de fazerem votações favoráveis ao povo e não favoráveis a alguns. Isso é fundamental e todos nós entendemos isso. Em primeiro lugar, o povo de Deus que elegeu. Esse povo merece toda a atenção e um grande carinho pelas comunidades, pelas pessoas. E assim, é claro, que nós vamos ser uma grande nação no mundo”, afirmou o religioso.

Questionado por OVALE sobre os malefícios da divisão política motivada pelo ódio, por ataques e desinformação, Brandes ressaltou que a diversidade é necessária, mas a polarização que separa deve ser combatida.

“Viva a diferença. A diferença é uma grande graça. Até as diferenças das religiões, se a gente se unir, vai ser um bem muito grande. E as diferenças políticas, as diferenças sociais, elas não são para nos dividir. Quem é diferente não é nosso inimigo. Quem é diferente pode me ajudar a eu também refletir melhor a minha posição. Querido irmão, o maior problema é a ideologia. A ideologia não busca a verdade. A ideologia busco o meu interesse. Quem não está a favor ao meu interesse é meu inimigo, e eu elimino. Mas o evangelho não é assim. Nós temos a reconciliação, nós temos o perdão, nós temos também esta graça de sermos povo de Deus na sua diferença. Agora, essas diferenças não podem nos levar ao ódio, não podem nos levar a polarizações. Que possamos viver a diversidade numa grande harmonia. O outro não é meu inimigo. Não pensa como eu, mas é meu irmão.”