O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, de 51 anos, morreu na madrugada de quarta-feira (1º) em São Paulo, após passar mal numa rua de Higienópolis, região nobre da capital. Ele foi socorrido pelo SAMU e levado à Santa Casa, mas não resistiu. Como estava sem documentos, sua identidade só foi confirmada ontem (2) por exame papiloscópico.
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A família registrou desaparecimento do advogado no dia 30, quando ele saiu de casa e não voltou mais. O caso foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura as circunstâncias da morte.
Pacheco foi um dos nomes de destaque da advocacia criminal no Brasil. Formado em Direito pela Universidade Mackenzie em 1996, iniciou a carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos, onde se tornou sócio e atuou em processos de grande repercussão, como a defesa de José Genoino no mensalão.
Em 2013, fundou seu próprio escritório e se especializou em Direito Penal Econômico e Europeu, com estudos no Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e na Universidade de Coimbra, em Portugal.
O advogado ocupou cargos de relevância na Ordem dos Advogados do Brasil: foi conselheiro da OAB-SP em diferentes gestões, presidente da Comissão de Prerrogativas da seccional paulista e, mais recentemente, conselheiro do Conselho Federal da OAB. Também integrou o Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República.
A OAB-SP decretou luto oficial de três dias. “Perdemos um amigo ímpar e um guerreiro do bem”, declarou o presidente da entidade, Leonardo Sica.
O escritório de Pacheco também divulgou nota de pesar, descrevendo-o como um defensor incansável da Justiça e dos direitos humanos. “Hoje, choramos pelo Pacheco. Uma revoada de anjos buscou pela sua São Paulo o arcanjo caído”, diz o texto.