05 de dezembro de 2025
ASSASSINATO EM MASSA

Comissão da ONU acusa Israel de genocídio em Gaza

Por | da Redação
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Reprodução de vídeo/@SuppressedNws/X

Uma comissão de inquérito da ONU afirmou nesta terça-feira (16) que Israel cometeu genocídio contra a população palestina em Gaza desde o início da guerra com o Hamas, em outubro de 2023. O relatório, de 72 páginas, conclui que quatro dos cinco atos previstos na Convenção de Genocídio de 1948 foram praticados: assassinatos em massa, causar danos físicos e mentais graves, impor condições de vida para destruir o grupo e impedir nascimentos.

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Segundo a comissão, há evidências de “intenção genocida” em falas de líderes israelenses, como Benjamin Netanyahu, Isaac Herzog e Yoav Gallant, e no padrão de ataques das forças armadas.O documento cita bombardeios letais contra civis, destruição de hospitais, escolas e locais religiosos, bloqueio de água, energia e combustível, fome generalizada e até a destruição de milhares de embriões e amostras de sêmen em clínica de fertilidade.

Desde o início da ofensiva, mais de 64 mil palestinos morreram em Gaza, segundo o ministério da Saúde local, cujos dados são reconhecidos pela ONU. O território enfrenta colapso de serviços básicos, com 90% das casas destruídas ou danificadas e alerta de fome em Gaza City.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou o relatório como “falso e distorcido”, acusando os investigadores de atuarem como “proxies do Hamas”. Líderes israelenses insistem que a campanha militar é em legítima defesa, após o ataque do Hamas que matou 1,2 mil pessoas e fez 251 reféns em 7 de outubro de 2023.

A ONU ressalta que não tem competência para declarar legalmente a ocorrência de genocídio; isso cabe a tribunais nacionais ou internacionais, como a Corte Internacional de Justiça, que já analisa um processo movido pela África do Sul contra Israel. O julgamento pode levar anos.

*Com informações da BBC