Um dia após escapar da cassação por apenas um voto, o prefeito de Cristais Paulista, Elson Gomes (MDB), comemorou a permanência no cargo. Em entrevista ao programa A Hora É Essa!, da Rádio Difusora, nesta quinta-feira, 14, ele afirmou que os quatro vereadores que votaram por sua absolvição tiveram uma decisão "assertiva".
A sessão, realizada nessa quarta-feira, 13, durou mais de três horas e analisou suspeitas de irregularidades na administração municipal envolvendo recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
Dos nove vereadores de Cristais Paulista, quatro votaram pela permanência do emedebista no cargo e cinco pela cassação. Apesar de o placar ser desfavorável, Gomes continua no cargo, pois são necessários 2/3 dos votos — ou seja, seis — para afastar um prefeito. Faltou, portanto, apenas um voto para que ele perdesse o mandato.
“É uma nova oportunidade de continuar administrando nosso município e buscando fazer o bem para a população. Vejo uma decisão como muito assertiva dos vereadores que votaram pela permanência de nosso trabalho”, disse Elson Gomes.
O prefeito destacou também o papel dos vereadores que defenderam seu mandato durante a audiência, lembrando que o Ministério Público já havia arquivado o processo. “Não só nos votos, mas quando eles (vereadores) foram proferir a decisão, pautaram muito bem a questão do arquivamento das denúncias por parte do Ministério Público”.
Embora a votação revele que o prefeito não conta com uma maioria na Câmara, ele acredita que os vereadores apoiarão os projetos importantes para a cidade ao longo de seu mandato. "Eu acredito que, mesmo com essa votação, nós vamos continuar aprovando projetos importantes para o município. Vamos buscar fortalecer nossa base."
O processo arquivado nesta quarta-feira envolve as acusações da ex-secretária de Educação, Tamara Raiz, que denunciou supostas transferências ilegais de cerca de R$ 3,6 milhões do Fundeb para a conta da Prefeitura desde 2023, o que é proibido por lei federal.