26 de dezembro de 2025
OVO ENVENENADO

Mototaxista conta que procurou polícia ao saber do caso

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Redes sociais/SBT News
Segundo o entregador, a encomenda foi solicitada por Jordélia Pereira Barbosa, principal suspeita de ter colocado veneno nos doces.

O mototaxista que fez a entrega do ovo de Páscoa envenenado, responsável pela morte de duas crianças em Imperatriz (MA), relatou ao Fantástico que procurou a polícia assim que percebeu que poderia estar envolvido no caso. Segundo ele, a entrega foi solicitada por Jordélia Pereira Barbosa, principal suspeita de ter colocado veneno nos doces enviados à família das vítimas.

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“Ela passou todos os dados certinhos: endereço, número da casa, ponto de referência, e ainda disse para perguntar pela Mirian ao chegar lá”, afirmou o mototaxista ao programa, que preferiu não se identificar. Depois de assistir às notícias sobre o caso, ele se deu conta de que havia feito uma entrega no mesmo bairro onde ocorreram as mortes. “Procurei imediatamente a polícia para explicar o que aconteceu”, disse.

A Polícia Civil afirma que Jordélia fugiu de um hotel após o crime, mas foi capturada dias depois, já na região de Santa Inês (MA). Com ela, os agentes encontraram perucas e chocolate granulado, usado, segundo os investigadores, para mascarar o gosto do veneno.

Em depoimento, Jordélia admitiu ter enviado os ovos à família, mas negou ter colocado veneno. Alegou que queria apenas desejar Feliz Páscoa. A delegada responsável, no entanto, apontou indícios de premeditação: “Ela mesma confessou ter preparado os recheios em Santa Inês e levado prontos até Imperatriz”.

Na bagagem de Jordélia, peritos identificaram uma substância extremamente tóxica, presente em agrotóxicos e raticidas. O Ministério Público acredita que o crime teve motivação torpe e foi premeditado, com dolo direto, já que o envenenamento mirava especificamente a mãe das vítimas, Mirian.

A defesa da suspeita afirma que Jordélia nega o crime e que os fatos serão devidamente esclarecidos no curso do processo. Ela pode responder por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e outros crimes, com penas que podem chegar a 30 anos por cada acusação.