A penitenciária alagoana onde o ex-presidente Fernando Collor cumpre pena está superlotada e em condições classificadas como “péssimas” pelo Judiciário local — cenário que contrasta com a cela isolada onde ele ficará.
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O ex-presidente Fernando Collor foi levado nesta sexta-feira (25) para o Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), unidade que enfrenta graves problemas estruturais e superlotação. Segundo relatório do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) enviado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a penitenciária abriga 1.324 detentos, embora tenha capacidade para 892.
A situação do presídio é descrita como “péssima” pelos juízes corregedores. A unidade não conta com detectores de metais, tampouco com bloqueadores de celulares. Dos detentos, 133 estão presos provisoriamente, enquanto 1.211 cumprem pena em regime fechado.
Collor foi detido às 4h no aeroporto de Maceió e levado à prisão após audiência de custódia por videoconferência. Condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em ação derivada da Lava Jato, ele teve o recurso rejeitado pelo STF.
Apesar do cenário precário, o ex-presidente ficará isolado dos demais internos, em cela individual numa ala separada.