Durante as buscas por Vitória Regina de Souza, de 17 anos, a polícia localizou, em 1º de março, o corpo de Edna Oliveira Silva, de 63 anos, em uma cachoeira na Avenida Luiz Gobbo, entre Cajamar e Jundiaí (SP). A informação é do portal Metrópoles. Laudos periciais indicam que Edna morreu em 26 de fevereiro, data em que Vitória desapareceu.
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Segundo o secretário de Segurança Pública de Cajamar, Leandro Arantes, Edna era cuidadora da mãe do padrasto de Maicol Antônio Sales, vizinho de Vitória e preso no último sábado (8). Até o momento, essa é a única conexão identificada entre o caso de Edna e o desaparecimento de Vitória.
A Polícia Civil investiga a morte de Edna. Inicialmente, o caso foi registrado como morte suspeita na Delegacia de Cajamar, mas, posteriormente, transferido para o 6º Distrito Policial de Jundiaí, responsável pela investigação.
O Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) revelou que vestígios de sangue foram encontrados no porta-malas do carro de Maicol. O material foi enviado para análise de DNA, com resultado previsto em até 40 dias.
Além disso, o depoimento de Maicol apresentou inconsistências. Ele afirmou ter dormido com a esposa no dia do desaparecimento, mas ela disse ter passado a noite na casa da mãe. Testemunhas também relataram movimentação suspeita e gritos vindos da casa de Maicol naquela noite.
Vitória Regina foi encontrada morta em 5 de março, com sinais de tortura e decapitação, em uma área rural de Cajamar. Ela havia desaparecido em 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho. O reconhecimento do corpo foi feito por meio de tatuagens e um piercing.
Câmeras de segurança registraram Vitória embarcando em um ônibus após relatar, em mensagens para uma amiga, que homens suspeitos a observavam. A jovem ainda contou que os dois homens embarcaram com ela no coletivo, mas não desceram junto ao final da viagem.
Além de Maicol, a polícia investiga outros dois homens: Gustavo Vinícius, ex-namorado de Vitória, e Daniel Lucas Pereira, amigo da família e ex-affair de Gustavo.
Daniel, que ajudou nas buscas por Vitória, tornou-se suspeito após a polícia encontrar vídeos em seu celular mostrando o trajeto que a vítima costumava percorrer. Ele teve o pedido de prisão temporária negado pela Justiça.
Já Gustavo apresentou divergências em seu depoimento, especialmente em relação aos horários de seus deslocamentos no dia do desaparecimento.
Em coletiva de imprensa, o delegado Luiz Carlos do Carmo esclareceu que o pai de Vitória, Carlos Alberto de Sousa, não é considerado suspeito após diligências iniciais afastarem seu envolvimento.