O Sesi Franca Basquete busca se reabilitar no NBB (Novo Basquete Brasil) com uma maratona de jogos fora de casa. O clube sofre dentro de quadra, no departamento médico e nas estatísticas.
O clube enfrenta o pior início de NBB das últimas oito temporadas, com seis derrotas em 13 jogos. Essa campanha iguala-se aos desempenhos das temporadas 2015/2016 e 2016/2017, antes dos anos dourados da equipe francana. O time não registrava um número maior de derrotas desde 2012/2013, quando somou sete revezes.
Esse cenário negativo se acentua ao comparado com as campanhas do tricampeonato. Franca não perdeu nenhuma das 13 partidas iniciais nas temporadas 2021/2022 e 2022/2023. Já em 2023/2024, o time foi superado pelo Pinheiros, Pato Basquete e Flamengo no mesmo período.
Esse não é o único fator que gera preocupação em relação à continuidade do campeonato. Ainda na comparação com as temporadas do tri, Franca diminuiu a quantidade de pontos marcados por partida e, simultaneamente, aumentou o número de pontos sofridos. Veja os dados abaixo:
A escola francana de basquetebol, tradicionalmente, prega uma defesa forte para “não deixar o adversário respirar”. Esse quesito deixou a desejar neste início de NBB. O clube tem apenas a 11ª defesa menos vazada da competição, enquanto o ataque é o sexto melhor. O Minas lidera ambas as estatísticas, com médias de 68,31 pontos cedidos e 83,38 pontos convertidos por partida.
Franca também leva a pior no confronto direto. Cinco dos sete jogos vencidos no campeonato foram contra equipes que estão atrás do Touro na tabela de classificação. À sua frente, o clube derrotou o Minas (1º colocado) e o Brasília (4º colocado) nas duas primeiras rodadas, nos dias 15 e 17 de outubro, respectivamente, no ginásio “Pedrocão”.
Dos times que estão nas primeiras colocações que Franca já enfrentou e perdeu estão Flamengo (2°), Bauru (3°), São Paulo (5°) e Pinheiros (6°).
Apesar da fase conturbada no Novo Basquete Brasil, o Pedrocão segue sendo um diferencial para o clube. Franca ganhou cinco dos sete jogos disputados em seus domínios. Já fora, teve dois triunfos e quatro derrotas.
O ala-armador Didi sofreu uma lesão no quadril, o ala-pivô Lucas Dias está com pubalgia, e o ala-armador Zu Jr. sofreu uma ruptura no tendão de Aquiles, lesão que pode afastá-lo das quadras por até um ano.
"As lesões, com certeza, diminuem nosso repertório tático dentro do que vínhamos trabalhando. Conquistamos o Paulista, conquistamos o tricampeonato do NBB, enfim. Isso, com certeza, causa dificuldades, mas estamos procurando superá-las com muita dedicação, determinação e trabalho", disse o técnico Helinho Garcia.
O comandante descarta a chegada de novas peças para reforçar o elenco e projeta o retorno dos lesionados. "Didi está retornando e deve atuar nos próximos jogos. Zu Jr. ficará, pelo menos, sete meses sem jogar. Lucas Dias deve retornar em dez a quinze dias".
Perdas dentro e fora de quadra. Pablo Costa deixou o cargo de assistente técnico de Helinho Garcia para assumir como treinador do Unifacisa. No reencontro com sua antiga casa, levou a melhor ao bater o Franca por 71 a 68 na segunda-feira, 2.
Outro que deixou a agremiação foi o supervisor técnico e ex-treinador Lula Ferreira, em comunicado publicado nas redes sociais no último sábado, 29. A função será absorvida por profissionais que já estão no clube.
O Sesi Franca Basquete buscará sua reabilitação no NBB com uma maratona fora de casa. O plantel tem dois jogos no Rio Grande do Sul, dois no Rio de Janeiro, um no Distrito Federal e o último em Minas Gerais. A equipe só voltará jogar diante de sua torcida em 2025 contra o Paulistano, no dia 18 de janeiro.