26 de dezembro de 2024
COLUNISTA

Método C. E. D no controle da população de gatos

Por Mariana Fraga Zwicker |
| Tempo de leitura: 2 min
Presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Bauru (CPDA OAB Bauru) e do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal (COMUPDA)

A Coluna Animal dessa semana vai trazer informações sobre o método de controle populacional de felino chamado C. E. D, cujas iniciais significam capturar, castrar e devolver ao local de origem. Esse método é usado no mundo todo e tido como a melhor forma de fazer um controle ético de grupos de gatos de rua, chamados colônias.

Quem tem um olhar voltado para os animais, deve ter se deparado em algum momento com agrupamentos de gatos em espaços públicos, bueiros, cemitérios, entre outros locais. Os felinos por terem um comportamento mais tranquilo escolhem como esses para viver. No entanto por se tratarem de animais ferais, bravos que tem pouca ou nenhuma convivência com o ser humano, acabam por não serem adotados e ao mesmo tempo, acabam se reproduzindo e aumentando a população de gatos.

Em cemitérios é bastante comum observar essa situação, a maioria dos animais que lá se encontram moram lá mesmo porque nos cemitérios esses animais encontram um local tranquilo para viver sem riscos de atropelamentos e todo tipo de maus tratos que podem sofrer nas ruas. No entanto, muitas pessoas quando vão visitar seus entes que estão enterrados naquele local ficam incomodadas com o fato de algum protetor de animal estar no local alimentos felinos. Porém não tem nada demais essa situação uma vez que a Lei Estadual cujo projeto de lei é de autoria do Deputado Feliciano Filho, lei 12.916 de 2008 artigo 4 prevê a figura do animal comunitário, ou seja, o animal que não tem um tutor especifico, e mora em um local público e é cuidado por uma ou mais pessoas diariamente. Inclusive esse método de controle populacional de gatos é muito usado para captura de gatos nas necrópoles, ou seja, o gato é capturado, levado para uma clínica para ser esterilizado e devolvido a colônia de origem, ou seja, o local onde ele estava.

Infelizmente não existem lugares, abrigos ou lares para todos os gatos capturados, outros jamais se adaptariam conviver com seres humanos e viverem em um ambiente "in dor", ou seja, dentro de casa. Sendo assim, o melhor a se fazer é apoiar essas iniciativas de protetoras de animais ou ongs de proteção animal que realizam com maestria esse árduo trabalho em nossa cidade com o intuito de diminuir o sofrimento dos animais evitando a procriação de animais.