22 de dezembro de 2024
ELEIÇÕES 2024

Esquerda lidera ranking de votos mais caros em Franca; confira

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Reprodução/Redes sociais
Dr. Ubiali pedindo voto durante período eleitoral

A esquerda liderou o ranking de votos mais caros entre os nove candidatos à Prefeitura de Franca nas Eleições de 2024. Apesar dos esforços e dos valores aplicados nas campanhas, nenhum representante do grupo político avançou para o segundo turno na cidade.

Os dados foram extraídos do DivulgaCand, plataforma do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os candidatos tiveram até 5 de novembro para declarar à Justiça Eleitoral os gastos de campanha. Já os partidos que fizeram doações a candidatos no segundo turno tiveram até sexta-feira, 16, para enviar a documentação.

Dr. Ubiali (PSB) foi, disparado, o prefeitável com o voto mais caro no município. Foram investidos R$ 519.814,00 para receber 5.359 votos, o que representa R$ 97 por eleitor. O médico e ex-deputado federal por dois mandatos terminou a corrida pela prefeitura na quinta colocação.

"Uma campanha envolve vários custos que são praticamente fixos, como televisão, equipe e materiais. O que se observa quando vemos que os principais candidatos tiveram despesas semelhantes", disse Ubiali.

Foram declarados R$ 114.535 para “atividades de militância e mobilização de rua” (22,27%); R$ 93.850 para “despesas com pessoal” (18,25%); R$ 87.502,20 para “serviços prestados por terceiros” (17,02%); R$ 54.158 para “publicidade por materiais impressos” (10,53%); e R$ 50 mil para “serviços advocatícios” (9,72%). O montante é resultado de R$ 304,5 mil da direção estadual do PSB, R$ 200 mil da direção nacional do partido e R$ 14.224 do próprio Ubiali.

"Ainda assim, Franca teve uma das campanhas mais econômicas do Brasil, algo que só foi possível graças ao esforço e criatividade das equipes e aos voluntários e amigos que nos ajudaram", completou.

Gastar na campanha também não foi sinônimo de sucesso para o Partido dos Trabalhadores. Mariana Negri (PT) gastou R$ 49,51 por voto na urna eletrônica. A única mulher na disputa aplicou R$ 387.220,50, recebeu 7.821 votos e terminou na quarta posição.

Apesar de ter gastado pouco na campanha, proporcionalmente, Tito Flávio (PCB) aparece na terceira colocação em custo por voto. O candidato gastou R$ 23,88 por eleitor, resultado de 236 votos conquistados com R$ 5.636,60 utilizados no período eleitoral.

Já Guilherme Cortez (PSOL) fecha a sequência com R$ 536.859,81 gastos e 22.818 votos recebidos, o que totaliza R$ 23,53 por eleitor.

“Zerado”

Além dos candidatos citados anteriormente, a esquerda foi representada por João Scarpanti (PCO). Sem declarar gastos no período eleitoral, os 40 votos do candidato da extrema-esquerda saíram de graça, de acordo com o cálculo aplicado.

Alexandre x João Rocha

Como Alexandre Ferreira (MDB) e João Rocha (PL) participaram dos dois turnos, foram os candidatos que mais gastaram. No entanto, proporcionalmente, não figuram as primeiras colocações do ranking de votos mais caros.

Veja o ranking completo:

Obs: Os asteriscos se referem aos candidatos que a reportagem somou os números de votos e os valores gastos nos dois turnos para calcular a proporcionalidade, ou seja, quanto custou o "apoio" de cada eleitor