27 de dezembro de 2024
INVESTIGADOS

'Fake news', diz Inca sobre médicos que negam câncer de mama

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução/Montagem/@drlucasfmattos/@dralanaalmeida
O Inca destacou que as declarações dos médicos não têm base científica e representam um risco à saúde pública.

Os médicos Lana Almeida, do Pará, e Lucas Ferreira Mattos, com registros em São Paulo e Minas Gerais, são investigados pelos Conselhos Regionais de Medicina de seus respectivos estados após declarações controversas sobre o câncer de mama, classificadas como fake news pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer). A informação é do jornal Folha de SP.

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Lana Almeida afirmou que a doença não existe, enquanto Lucas Ferreira Mattos disse que a mamografia é responsável por causar câncer de mama. As denúncias foram formalizadas nesta terça-feira (29), depois de ambos publicarem vídeos com essas afirmações nas redes sociais durante o Outubro Rosa, campanha dedicada à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama.

Procurada pelo jornal, Lana Almeida não respondeu. Já Lucas Ferreira Mattos reafirmou em vídeo a sua opinião sobre a radiação da mamografia e negou ter dito que o câncer de mama não existe, afirmando que tomará medidas jurídicas contra o que considera uma distorção de suas palavras. Mattos, com 1,2 milhão de seguidores, mantém o conteúdo nas redes sociais, onde oferece consulta online por valores a partir de R$ 4.997.

Lana Almeida, por sua vez, fechou o perfil após a repercussão negativa, mas anteriormente declarava que "câncer de mama não existe" e desencorajava o exame de mamografia.

O Inca destacou que as declarações dos médicos não têm base científica e representam um risco à saúde pública, desencorajando exames preventivos e tratamentos. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) também expressou preocupação com o aumento de fake news sobre o câncer de mama e alertou contra postagens sensacionalistas que buscam vender tratamentos milagrosos sem comprovação.

No Brasil, o câncer de mama representa cerca de 30% dos diagnósticos oncológicos, com estimativa de 74 mil novos casos por ano até 2025.