O Climatempo prevê a formação de um ciclone extratropical, entre esta quinta e sexta-feira, dias 24 e 25 de outubro, que trará rajadas de vento, principalmente no sul do Brasil, e mar agitado, com risco de ressaca.
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Entre esses dois dias, uma queda acentuada da pressão atmosférica é esperada no norte da Argentina, resultando na formação de um ciclone extratropical e uma frente fria. O fenômeno é previsto para ocorrer entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai.
Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão os mais afetados, com ventos entre 70 e 90 km/h. Embora o ciclone não atinja diretamente o sudeste, áreas como o Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro poderão sentir ventos mais fracos à medida que o ciclone se afasta para o oceano.
Além dos ventos, a agitação marítima também é esperada na costa do sul e sudeste do Brasil, com elevação das ondas e risco de ressaca, principalmente no final da semana.
Leia perguntas e respostas sobre o ciclone previsto:
Sim, e vai se formar na quinta-feira (24), entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, e se afastar rapidamente em alto mar no decorrer da sexta-feira (25).
É uma região na atmosfera, fora da região tropical do globo terrestre, onde a pressão atmosférica fica muito baixa, em várias altitudes, e ocorre um movimento de ventos circular, no sentido horário.
Quanto mais baixa a pressão do ar, mais intenso será o movimento do ar de baixo para cima nas proximidades daquela região em que está o centro de baixa pressão. Isto facilita a formação das nuvens cumulonimbus, que têm potencial para provocar temporais.
Além disso, quando a pressão do ar cai muito numa região, aumenta a diferença com a pressão do ar em regiões próximas do centro de baixa. Quanto maior este contraste, mais velozes são os ventos.
Ciclones extratropicais são sistemas meteorológicos bastante comuns no Uruguai, no norte e leste da Argentina e no Rio Grande do Sul. Podem se formar sobre esta parte da América do Sul, mas também podem acompanhar frentes frias vindas da Antártica.
Até o momento, as simulações atmosféricas dos modelos computacionais de previsão, tanto do modelo europeu (ECMWF) como do modelo dos Estados Unidos (GFS) indicam que será forte.
Este ciclone segue em direção ao mar na sexta-feira, se afastando do Brasil. Segundo estimativa do Climatempo, não vai passar sobre o sul ou sudeste do Brasil e não vai avançar pela costa dessas regiões.
À medida que o ciclone se afasta em alto-mar, seus efeitos enfraquecem tanto no continente quanto nas áreas próximas ao litoral. O gradual afastamento do ciclone para alto-mar faz com que os ventos enfraqueçam nas áreas próximas ao sul do Brasil no decorrer da sexta-feira.
Portanto, o fenômeno não vai passar pelo litoral de São Paulo, nem do Rio de Janeiro ou do Espírito Santo.
Este novo ciclone extratropical tem potencial para provocar fortes rajadas de vento, independentemente da ocorrência de chuva.
A possibilidade de fortes rajadas de vento, entre 70 e 90 km/h deve ser considerada no decorrer da quinta-feira, especialmente sobre o Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Esta estimativa é preliminar e será reavaliada no desenvolvimento do ciclone.
Os efeitos da circulação de ventos do ciclone extrapolam esses dois estados e poderão ser sentidos em áreas do oeste e sul do Paraná, Paraguai, oeste e sul de Mato Grosso do Sul.
A maior parte do Paraná, estados de São Paulo e do Rio de Janeiro e o de Sul de Minas poderão sentir fortes rajadas de vento associadas ao deslocamento do ciclone no decorrer de sexta.
Ventos fortes provocados pelos ciclones extratropicais deixam o mar agitado e elevam as ondas, o que aumenta o risco de eventuais ressacas.
Por isso, pode-se esperar elevação das ondas na costa do sul e do sudeste no fim desta semana.
No decorrer da quinta-feira, o mar agitado e a elevação das ondas devem começar a ser observados principalmente na costa do Rio Grande do Sul, mas ao longo do dia a agitação no mar se espalha também para as áreas em alto-mar na costa da região sul, de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Na quinta-feira, não há expectativa ainda de elevação relevante de ondas no litoral de São Paulo e nem do Rio de Janeiro.
No decorrer da sexta-feira, e principalmente no fim de semana, as ondas ficam elevadas nas praias de toda a região sul, São Paulo, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, embora o ciclone extratropical já esteja afastado da costa brasileira.
Há risco de ressaca, e o mar deve continuar agitado no começo da próxima semana.