05 de outubro de 2024
INVESTIGAÇÃO

Caçada a assaltantes de carro-forte termina com um morto

Por Verônica Andrean | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Cumprimento de mandado em Paraisópolis, na capital

Uma operação da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Franca, do COE (Comando de Operações Especiais) da Polícia Militar e da Polícia Federal em São Paulo e na Praia Grande (SP) contra suspeitos do ataque ao carro-forte que aconteceu em setembro em Restinga, na região de Franca, terminou com uma morte nesta sexta-feira, 4.

Segundo informações do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), três mandados de busca e apreensão foram cumpridos no bairro de Paraisópolis, na capital, e um de prisão na Baixada Santista.

Durante a abordagem, um homem investigado e que era foragido da Justiça por outro crime, foi morto após resistir à prisão e atirar com uma pistola contra os policiais, em São Paulo. Outro homem investigado foi preso com drogas e um documento falso também em São Paulo.

As diligências em Praia Grande contaram com o apoio de policiais de Ribeirão Preto, Santos e locais. Um fuzil foi apreendido na operação.

Relembre o assalto ao carro-forte

No último dia 9 de setembro, uma tentativa de assalto a um carro-forte paralisou a Rodovia Cândido Portinari (SP-334) e gerou uma violenta sequência de eventos envolvendo confrontos, mortes e prisões. Pelo menos 16 criminosos participaram da ação, que resultou no fechamento de parte da rodovia, balas de grosso calibre, feridos e uma intensa perseguição policial nos dias seguintes.

Como foi o ataque

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, os assaltantes interceptaram o carro-forte após renderem o motorista de um caminhão, que foi usado para bloquear a pista. Munições de fuzis .50 e 556 foram encontradas na cena, evidenciando o armamento pesado utilizado pelos criminosos. Durante a tentativa de assalto, um dos vigilantes foi baleado. No entanto, a quadrilha não conseguiu levar o dinheiro e incendiou o veículo blindado antes de fugir.

Perseguição e Confronto

A fuga dos criminosos iniciou uma série de perseguições pelas rodovias da região, mas nenhum suspeito foi preso de imediato. Dois dias após o ataque, uma troca de tiros na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próxima ao trevo que liga Cajuru a Altinópolis, culminou na morte do policial militar Márcio Ribeiro e de três suspeitos. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os mortos estavam diretamente ligados ao assalto frustrado ao carro-forte.

No local, as autoridades apreenderam quatro fuzis, coletes à prova de balas e munição. Um dos fugitivos mortos estava equipado com roupa camuflada, colete balístico e capacete, evidenciando o nível de preparação militar dos criminosos.

Vítimas inocentes

Entre as vítimas do confronto está o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, atingido por um tiro na cabeça durante o tiroteio. Ele foi internado na unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu após 20 dias de internação, no final de setembro.

Prisões

A Polícia Civil de São Paulo prendeu um suspeito de envolvimento na tentativa de assalto. Roberto Marques Trovão Lafaeff foi detido em Valinhos (SP) depois de procurar atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com um ferimento no pé. O médico responsável pelo caso acionou as autoridades ao suspeitar que a lesão tinha sido causada por um tiro, confirmando a ligação de Lafaeff com o assalto.

Investigações em andamento

As investigações sobre o caso continuam, e as autoridades buscam identificar e prender os outros membros da quadrilha. Segundo a polícia, o caso da tentativa de assalto ao carro-forte na região de Franca reforça o alerta para a crescente violência nas rodovias paulistas e a sofisticação dos criminosos que atuam em ataques a veículos de transporte de valores no Estado de São Paulo.