Doença preocupante, principalmente em bebês, a coqueluche, ou "tosse comprida", começa com sintomas similares aos de um resfriado, mas a tosse, que é leve no início, vai se intensificando e dura semanas. A doença, que tem vacina disponível, teve um surto recente no Estado de São Paulo, com 139 casos no primeiro semestre deste ano, aumento de 768,7% comparando com o mesmo período de 2023. Em Jundiaí, há neste ano, até o momento, um caso confirmado e um suspeito, que aguarda resultado de exame.
A vacina contra a coqueluche é a principal forma de prevenir a doença. A pentavalente é aplicada em bebês aos 2, 4 e 6 meses, com mais duas doses de reforço aos 15 meses e 4 anos de idade. No município, a cobertura vacinal neste ano, até o momento, em menores de um ano está em 83,20%. Já em crianças com um ano, 89,84%.
As informações são da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), que informa ainda que em 2023 e em 2022, a cidade registrou um caso da doença em cada ano. A pasta explica que a coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria (Bordetella Pertussis), tendo como principal característica a crise de tosse seca. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.
Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, podem levar à morte. A doença é de notificação compulsória. Todos os serviços de saúde públicos e privados notificam os casos suspeitos à Vigilância Epidemiológica e coletam o exame para confirmação ou descarte. Além da oferta do tratamento em tempo oportuno ao paciente, a partir de antibiótico, é efetuada a busca de comunicantes íntimos (moradores na mesma residência) para quimioprofilaxia e reforço vacinal (caso estejam com a vacinação atrasada) pelo SUS.