O estado de São Paulo deve ter uma combinação de pouca chuva, temperaturas acima da média e ondas de calor em setembro, segundo a Climatempo. Na primeira semana do mês, os termômetros podem marcar até 5°C acima do esperado para este final de inverno.
Leia também: Efeitos das mudanças climáticas podem agravar fome, revela estudo
"Esta pode ser a onda de calor mais forte que as primeiras que tivemos [em março, abril e maio] em termo de duração e de temperaturas", afirma a agência meteorológica.
As noites devem permanecer amenas a frias em grande parte da região Sudeste, com algumas quedas acentuadas de temperatura em São Paulo. Na capital paulista, as temperaturas devem oscilar entre 14°C e 37°C nos primeiros 15 dias do mês, segundo a Climatempo. O dia mais frio deve ser sexta-feira (6), com mínima de 13°C e máxima de 18°C.
As chuvas ficam entre 10 mm e 30 mm abaixo da média para o mês no estado, enquanto na região litorânea a precipitação deve ocor dentro do esperado, diz a agência. A previsão destaca que há um único dia com chance de chuva na capital na primeira quinzena --quinta-feira (5), com 4 mm de volume acumulado.
O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas), da Prefeitura de São Paulo, indica que o mês deve começar com um bloqueio atmosférico que vai garantir uma sequência de dias ensolarados.
"Essa condição atmosférica desfavorece a dispersão dos poluentes nos grandes centros urbanos e requer maiores cuidados com a saúde, principalmente em crianças e idosos", afirma o CGE.
No interior paulista, segundo a Climatempo, a umidade do ar em setembro pode ficar abaixo dos 12%, considerada uma situação de emergência. Já na capital, o dia mais crítico na primeira quinzena será 11 de setembro, com até 15% de umidade do ar.
A Defesa Civil de SP, que emitiu alerta para riscos de incêndio na capital na última quinta-feira (29), mantém o aviso até a próxima quinta (5), com quase a totalidade do território sob alerta ou emergência.
A Climatempo adverte que o panorama climático é preocupante em todo o país: "A combinação de calor intenso e baixa umidade favorece um cenário de queimadas exacerbadas em diversas regiões do Brasil. Os impactos podem se estender para diversos setores, incluindo saúde, agricultura e energia."
Na última sexta (3), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que a bandeira tarifária de setembro será vermelha patamar 2, que corresponde a um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Esse é o primeiro acionamento da bandeira vermelha patamar 2 desde agosto de 2021. O motivo da medida, segundo a agência, é a previsão de chuvas abaixo da média em setembro, resultando em expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país (em cerca de 50% abaixo da média).