17 de agosto de 2024
TRAGÉDIA DA VOEPASS

Posição dos corpos indica passageiros avisados sobre emergência

Por FRANCISCO LIMA NETO | Folhapress
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução
Polícia técnico-científica atuou no reconhecimento dos corpos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os passageiros do voo 2283 da Voepass, ex-Passaredo, que caiu em Vinhedo (SP), há uma semana, podem ter sido avisados sobre a emergência durante o voo, segundo Mauricio Freire, diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.

A maioria dos corpos foi encontrada com a cabeça entre os joelhos, abraçando as pernas, em uma posição de segurança que ajudaria a diminuir as consequências de um possível impacto.

O avião comercial com 62 pessoas a bordo caiu em uma área residencial da cidade do interior de São Paulo no início da tarde de sexta-feira (9). Ninguém sobreviveu.

A informação foi repassada durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (15), na superintendência da Polícia Técnico-Científica, na zona oeste de São Paulo.

"Grande parte das vítimas encontradas nesse caso estavam com as mãos preservadas, isso ajudou muito. Inclusive naqueles pouco carbonizados. Eu não sei se houve um comando da tripulação de que estavam em emergência ou se as pessoas perceberam com essa queda acentuada, mas muitos corpos estavam naquela posição. Então, acho que isso foi fundamental [para a preservação]", explicou Freire.

Todos os 62 corpos foram identificados pelo IML. Essa parte dos trabalhos terminou nesta quinta. Já nesta sexta (16), o IML liberou para as famílias os últimos seis corpos das vítimas para velório e sepultamento.

Segundo a polícia, cerca de 40 vítimas foram identificadas por digitais. Em alguns casos teve duas ou três confirmações combinadas, como digitais, odontologia e outras características, como próteses, compleição física ou outras características.

Claudinei Salomão, superintendente da polícia técnico-científica do estado, explicou que todos as vítimas foram identificadas por meio de exames papiloscópicos e antropológicos. Por isso, não houve a necessidade de exame de DNA, que leva mais tempo para ter resultado.

A unidade central do IML trabalhou exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente.