Medalhista de bronze no taekwondo, Edival Pontes, o Netinho, falou sobre a emoção da conquista, nesta quinta-feira (8), na Arena Grand Palais. O atleta disse que seguiu confiante, mesmo após a primeira derrota, para o jordaniano Zaid Kareem e dedicou o feito a seu pai, falecido, e sua família.
Com uma vitória na repescagem, Netinho se credenciou para disputar o bronze. Então superou o espanhol Javier Polo e ganhou o bronze.
"Que diferença da primeira entrevista né? Estava muito triste, mas, como falei, estava na torcida pelo jordaniano. Segui confiante, nos mantemos concentrados, confiamos que o jordaniano ia chegar na final. Lutei com o turco que tinha perdido em Tóquio, teve essa revanche também, então é muito especial"
"Com certeza, chorei bastante ali, não sei se vou me emocionar de novo, mas essa medalha é justamente para ele (pai), foi um guerreiro, meu herói. Especialmente também para mim mãe, minha irmã, namorada, técnico, os amigos, que me ajudaram bastante. Obrigado a todos da torcida brasileira, que ficou, acreditou em mim. Na hora da luta eu pedi (a Deus) para me mostrar o que eu não estava conseguindo."
Edival Pontes foi vice-campeão mundial, em 2022, consolidando sua carreira dedicada ao esporte. No fim do ano passado, chegou a ser pego em um exame anti-doping, mas a suspensão foi curta e deu tempo de se garantir nos Jogos de Paris.
Na campanha até o bronze, ele caiu para o jordaniano Zaid Kareem, atual campeão olímpico. Como o seu algoz foi à final, Netinho teve a chance de disputar a repescagem. Então, se recuperou e bateu o turco Hakan Reçber, garantindo a disputa pelo bronze com o espanhol Javier Polo.
O taekwondo brasileiro agora soma três medalhas de bronze. Natália Falavigna, em Pequim 2008, Michael Siqueira, na Rio 2016, subiram ao pódio.