Uma dançarina de apenas 14 anos foi finalmente diagnosticada com câncer de cólon terminal depois de sofrer anos de dor e ser dispensada pelos médicos, que diziam que os sintomas não passavam de "coisa de menina".
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Segundo o jornal britânico Daily Mail, Liberty Ashworth, de Iowa (EUA), sentia muita dor nas costas e tinha perda de apetite, prisão de ventre extrema e encontrou sangue nas fezes, o que é sempre considerado um sinal de alerta, mas os profissionais de saúde diziam aos pais que isso tudo era normal para meninas adolescentes.
Durante uma ida de emergência ao pronto-socorro, profissionais finalmente descobriram um “tumor do tamanho de uma toranja” e Liberty recebeu um diagnóstico de câncer de cólon em estágio 4 - terminal.
Fezes sangrentas
Cólicas estomacais
Dor abdominal que vai e vem
Alterações intestinais
Perda de peso inesperada
A adolescente foi operada em dezembro de 2020, teve metade do cólon e um dos ovários removidos, e foi tratada com quimioterapia.
Segundo o site Today.com, em fevereiro do ano seguinte, médicos descobriram que Liberty tinha uma obstrução do intestino delgado, causada pelos tumores, e foi submetida a uma nova cirurgia de grande porte, removendo o resto do cólon e passando por uma ileostomia. Este procedimento consiste numa abertura no abdômen que ajuda a remover os resíduos do corpo quando não é possível que saiam naturalmente.
Durante dois anos, não houve nenhum sinal de doença. Então, quando Liberty completou 17 anos, exames mostraram que o câncer voltara e ela precisou fazer quimioterapia mais uma vez, com todas as dificuldades do tratamento.
Durante este período, os pais das jovens, numa das muitas pesquisas que fizeram sobre a doença, suspeitaram que a filha pudesse ter decificiência da enzima DPD, que ajuda o fígado a processar a quimioterapia.
As pessoas com deficiência de DPD não conseguem decompor o medicamento e ele se acumula, criando níveis perigosos no corpo. Os pais pediram para que ela fizesse o teste, mas, de novo, os médicos retrucaram que aquela era uma condição raríssima.
Quando finalmente foram convencidos a testá-la, o resultado foi que Libbie de fato tinha um fígado que não processava o medicamento da químio.
Com essa informação, os médicos começaram a administrar metade da dose de quimioterapia e os efeitos colaterais que a adolescente sentia diminuíram.
Libbie ainda é acompanhada de perto por causa do câncer e da síndrome rara, contando sua história e mostrando como abraçar a vida mesmo enquanto enfrenta os problemas.
“Sem o câncer, não acho que seria quem sou hoje”, diz ela. “Vivo cada dia como se fosse o último e nunca se sabe o que acontece. Eu tenho que ver o lado bom", disse ao Today.com.