Eduardo Vieira Cintra, preso em maio de 2023 após levar a mulher morta e com sinais de estrangulamento a um hospital em Campinas, será julgado por júri popular. A decisão foi publicada nesta segunda-feira, 15, mas a data do julgamento ainda não foi definida.
Clique aqui para fazer parte da comunidade do Todo Dia Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.
O juiz Marcos Hideaki Sato determinou que Cintra responda por homicídio doloso qualificado pelo feminicídio e emprego de asfixia, conforme o laudo necroscópico que indicou “asfixia mecânica por constrição cervical”. A prisão preventiva do réu foi mantida.
Cintra havia conseguido liberdade provisória em março deste ano, sob a justificativa de ser réu primário e possuir “bons antecedentes”. Contudo, o Ministério Público recorreu da decisão, e ele retornou à prisão poucos dias depois.
A Polícia Militar foi acionada pelo hospital após Dalila Mosciati, de 37 anos, chegar ao local sem vida, apresentando sinais de que a morte havia ocorrido duas horas antes.
Segundo o Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-2), Cintra permaneceu no hospital, mas informou um endereço errado e saiu por cerca de 30 minutos, retornando posteriormente e alegando que havia urinado nas calças.
Cintra afirmou que a mulher passou mal, como se tivesse engasgado, e que ele bagunçou a casa em desespero. Alegou ainda ter feito massagem cardíaca na vítima, mas decidiu levá-la ao hospital após não obter reação.
Dalila Mosciati trabalhava como gerente de uma loja de chocolates finos desde junho de 2022 e faria aniversário na semana seguinte à sua morte. Ela era graduada em administração pela PUC-Campinas e sócia-gerente em uma empresa de estampas de roupas, utilidades e decoração.
Um parente de Dalila, que preferiu não se identificar, descreveu Eduardo Vieira Cintra como "uma pessoa frustrada financeiramente, com problemas de instabilidade emocional e uso abusivo de drogas". Apesar desses problemas, o parente afirmou não saber de qualquer episódio de violência entre o casal.